Pelo menos doze pessoas morreram em Macau e no sul da China durante a passagem do tufão Hato, que também provocou um rastro de destruição no território chinês de Hong Kong.
Na ex-colônia portuguesa, o tufão deixou oito mortos e causou grandes inundações na quarta-feira (23). uma das vítimas morreu no desabamento de um muro, outra caiu do quarto andar de um prédio e uma terceira, um turista chinês, foi atropelada por um caminhão. O governo de Macau informou ainda que o corpo de um homem foi encontrado em um estacionamento na manhã desta quinta-feira (24), sem revelar outros detalhes.
A energia elétrica foi cortada em vários pontos da ex-colônia portuguesa, mas a maioria dos cassinos, como o gigantesco Venetian, permaneceram abertos com o uso de geradores. O Grande Lisboa, no entanto, teve que interromper as mesas de jogo e fechar os restaurantes por falta de energia elétrica. As autoridades de Macau limitaram o fornecimento de água potável.
Na província de Guangdong, no sul da China, o fenômeno deixou ao menos quatro mortos e cerca de 27 mil desabrigados, que estão em refúgios temporários.
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Em Hong Kong, o tufão Hato também provocou estragos, deixando 120 feridos e mais de 300 desabrigados. Os fortes ventos e as chuvas torrenciais provocaram a suspensão de vários voos e o fechamento da Bolsa. Ondas gigantes foram registradas e vários bairros ficaram inundados. As rajadas de vento chegaram a 207 km/h e derrubaram janelas e vitrines, assim como árvores.
– Estava na varanda quando uma árvore passou voando diante de casa – disse David Colson, morador de Yuen Long, noroeste de Hong Kong.
A meteorologia elevou o nível de alerta ao grau 10, o máximo. É a primeira vez em cinco anos que as autoridades recorrem a este grau de alerta, e a terceira desde 1997, quando a ex-colônia britânica foi devolvida à China.
Exceto por alguns aventureiros que tentavam filmar o tufão, as ruas de Hong Kong estavam desertas. A companhia Cathay Pacific cancelou a maioria dos voos previstos para a quarta-feira, medida também adotada pela Hong Kong Airlines. O aeroporto da ex-colônica britânica Kong informou que 420 voos foram cancelados.
O tufão passou a 60 quilômetros de Hong Kong antes de tocar a terra em Zhuhai, no sul da China, onde milhares de pessoas já haviam abandonado suas casas por precaução, informou a agência Xinhua.
Hong Kong é afetado com frequência por tufões entre julho e outubro, mas um impacto direto como o provocado pelo Hato é incomum. Em 1962, o tufão Wanda, com ventos de 284 km/h, atou 130 pessoas e deixou 72 mil desabrigados.