Os Estados Unidos expressaram, nesta quarta-feira, seu ceticismo sobre um possível acordo com a Coreia do Norte. A jornalistas, a embaixadora americana Nikki Haley afirmou que o líder norte coreano, Kim Jong-Un, age de forma irracional e provavelmente não aceitará negociações diplomáticas.
– Não se trata de uma pessoa racional – disse Nikki.
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A embaixadora descreveu Kim Jong como uma "pessoa que não tem atos racionais, que não pensa com clareza".
– Estamos avaliando como tratar com a Coreia do Norte no futuro – acrescentou.
O Conselho de Segurança das Nações Unidas se reuniu nesta quarta-feira a portas fechadas para discutir eventuais novas medidas contra a Coreia do Norte, depois que o país realizou um novo teste de míssil.
A China, principal aliado do regime de Pyongyang, propôs um compromisso para evitar "uma colisão" entre as duas Coreias, e sugeriu que o Norte suspenda seu programa nuclear em troca de um fim às manobras militares empreendidas pelos Estados Unidos no sul.
Questionados sobre essa proposta, França, Japão e Reino Unido destacaram que a iniciativa correspondia à Coreia do Norte.
– Dispararam quatro mísseis – lembrou o embaixador japonês na ONU, Koro Bessho, antes da reunião. – Nós não fizemos nada para provocá-los e, portanto, estamos em uma posição forte para dizer-lhe que é totalmente inaceitável – acrescentou o diplomata.
A Coreia do Norte realizou pelo menos quatro mísseis balísticos de médio alcance em direção ao Japão, segundo reconheceu, com um olho nas bases americanas no arquipélago japonês.
O Conselho de Segurança condenou fortemente na terça-feira à noite os últimos tiros de mísseis norte-coreanos.
O embaixador chinês, Liu Jieyi, insistiu na necessidade de "reduzir as tensões". Pequim está preocupado com a implantação esta semana de um escudo antimíssil pelos Estados Unidos na Coreia do Sul.
*AFP