O Conselho de Segurança da ONU pediu a retomada imediata do cessar-fogo no território ucraniano, depois de três dias de confrontos que deixaram pelo menos 13 mortos. Na terça-feira, o organismo aprovou uma declaração redigida pela Ucrânia – membro não permanente –, após uma reunião a portas fechadas para discutir a escalada da violência. Ao contrário do que ocorreu no ano passado, o texto não despertou objeções da Rússia.
Os membros do Conselho "expressaram profundas preocupações com a perigosa deterioração da situação no leste da Ucrânia e seu severo impacto na população civil". Os confrontos aconteceram na cidade industrial de Avdiivka, zona que é controlada por tropas de Kiev, onde cerca de 20 mil moradores ficaram sem energia elétrica.
"Os membros do Conselho de Segurança pedem o retorno imediato ao regime de cessar-fogo", afirma o texto.
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O embaixador ucraniano na ONU, Volodymyr Yelchenko, disse aos jornalistas que a violência no leste da Ucrânia "pode ser classificada como crimes de guerra, uma abrupta violação da Convenção de Genebra".
Os combates entre o Exército ucraniano e os rebeldes pró-russos continuavam, na terça-feira, perto da cidade industrial de Avdiïvka, no leste do país.
A situação na Ucrânia volta a ser discutida na quinta-feira, quando o secretário-geral adjunto para Assuntos Políticos, Jeffrey Feltman, e o chefe das operações humanitárias da ONU, Stephen O'Brien, apresentarão um relatório ao Conselho.