Observadores das Nações Unidas mobilizados na Síria foram impedidos nesta quinta-feira, principalmente "por barreiras do Exército", de chegar a Al-Koubeir, onde pelo menos 55 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas na véspera, anunciou o chefe da missão, general Robert Mood.
"Os observadores ainda não conseguiram chegar à aldeia. Sua missão é prejudicada pelo (...) fato de terem sido parados em barreiras do Exército sírio e, em alguns casos, obrigados a voltar" indicou o general norueguês em um comunicado.
O chefe da missão da ONU acrescentou que "algumas das patrulhas foram paradas por civis na área", que seriam milícias pró-governo. "Recebemos informações de moradores da área segundo as quais a segurança de nossos observadores estaria em perigo se entrássemos na aldeia de Al-Koubeir", acrescentou o general.
"Apesar de todos esses desafios, os observadores ainda tentam ter acesso à aldeia para tentar verificar os fatos no terreno", disse, manifestando a sua preocupação relacionada "às restrições impostas aos deslocamentos da missão porque elas impedem a supervisão, a observação e a elaboração de relatórios".
Pelo menos 55 pessoas foram mortas, incluindo 18 mulheres e crianças, na quarta-feira em Al-Koubeir, na província de Hama (centro), indicou o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH).
O CNS, que fala em 80 mortos, acusou "o governo criminoso de Assad", enquanto o governo sírio negou que esse massacre tenha ocorrido.
A missão de observação está na Síria desde 15 de abril, em conformidade com o plano para por fim à crise do emissário internacional Kofi Annan, com o objetivo de supervisionar a aplicação de um cessar-fogo, constantemente ignorado.