Com cerca de 1,5 mil pontos sem abastecimento de energia elétrica nesta sexta-feira (3) em Porto Alegre, dois dias após o temporal que atingiu a cidade, a CEEE Equatorial ressaltou que estava com as equipes completas para atender as demandas e que tem quase o dobro de funcionários hoje do que tinha quando assumiu a concessão. A informação foi dada em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, da Rádio Gaúcha, pelo superintendente da Regional Norte da concessionária, Sergio Valinho.
— Quando nós começamos a operação, a CEEE tinha algo em torno de 4 mil, 3 mil colaboradores. Hoje, temos no nosso quadro, dentre próprios e terceiros, algo em torno de 7 mil colaboradores. Nós temos ainda posições em aberto para poder aumentar as nossas equipes — afirmou Valinho.
Questionado sobre a experiência e conhecimento dos trabalhadores, o superintendente falou sobre a capacitação oferecida aos técnicos, destacando ainda o investimento em novos equipamentos. Ele ainda ressaltou que a empresa pretende investir R$ 1,2 bilhão em melhorias neste ano.
— Nós temos investido fortemente na questão da capacitação e na troca de equipamentos e ferramentas das nossas equipes para dar mais autonomia a eles em campo — justificou.
Sobre a explicação para as faltas de energia após temporais na Capital, Valinho citou que a queda de árvores é uma das principais causas do desabastecimento. Para tentar resolver o problema, segundo ele, a CEEE Equatorial iniciou um plano no ano passado para focar na poda dos vegetais. Segundo o superintendente, o projeto conta hoje com 30 equipes, três vezes mais do que o previsto inicialmente, para dar conta da demanda em todo o Estado.
Outro ponto abordado por Valinho durante a entrevista foi o desabastecimento em unidades do Dmae. Na quinta-feira (2), o departamento informou que as estações de drenagem urbana Ebap 2 (4º Distrito) e Ebap 17 (Centro Histórico) foram prejudicadas pela falta de energia, assim como a Estação de Bombeamento de Água Tratada (Ebat) Santa Tereza I — que atende os bairros Menino Deus e Santa Tereza.
O superintendente afirmou que o atendimento ao Dmae é priorizado pela concessionária e que existe um canal específico e direcionado ao departamento, disponível 24 horas por dia. Ele ressaltou que, em alguns casos, o dano na rede elétrica é grande e por isso o tempo de resposta é mais longo. Para solucionar esses problemas, Valinho conta que foi apresentado um plano para implementar um circuito de segurança nas estações que o Dmae considera mais importantes.
— São obras no sistema elétrico da CEEE Equatorial que poderiam ser feitas e que deixariam à disposição do Dmae um segundo circuito, para que caso o primeiro circuito viesse a falhar, esse segundo circuito assumisse essa carga importante — explicou.
Ele concluiu dizendo que o orçamento para execução das obras já foi enviado ao Dmae e que é responsabilidade do departamento a aprovação e a disponibilização dos recursos para a realização das melhorias.
Assista a entrevista na íntegra abaixo.