Com uma trégua na chuva nesta sexta-feira (27), o município de Camaquã, no sul do RS, intensificou a mobilização para consertar os estragos causados pelo temporal desta semana. Já foram entregues cerca de 2 mil telhas e cestas básicas, segundo a prefeitura.
A administração também contabiliza 60 desalojados e 30 feridos. Moradores de 500 casas pediram algum tipo de ajuda do município, mas a Defesa Civil calcula que pelo menos mais 500 tiveram danos que foram solucionados pelos próprios proprietários. O mutirão seguirá ao longo do final de semana.
Conforme o prefeito Ivo de Lima Ferreira, a localidade de Ilha Santo Antônio permanece sem acesso, porque o Rio Camaquã subiu e a balsa está fora de operação. Não há previsão para normalização, já que a situação depende da redução do nível da água.
— Hoje não está chovendo. É a esperamça que temos para colocar o pessoal para trabalhar. Está todo mundo na rua retirando árvores, distribuindo alimentação, material de construção. É um mutirão das secretarias da prefeitura — enfatiza o prefeito.
A região da Várzea, que fica a cerca de 60 quilômetros de Camaquã, está ilhada, o que afeta cerca de 350 pessoas que moram ali, de acordo com o prefeito.
O distrito de Pacheca também segue afetado e com dificil acesso. A prefeitura está dando maior atenção ao bairro Banhado do Meio, que foi o mais atingido. Ali, estão sendo distribuídas água, comida e material de construção.
Na próxima segunda-feira (30), seis escolas conseguirão retomar as aulas. Três instituições municipais seguem sem condições de voltar a ter atividades: as escolas de Ensino Fundamental João Goulart e Nadir Medeiros, e Irmãs Bernardinas, de Educação Infantil. O prefeito prevê que estas só voltem a receber os alunos na próxima quarta-feira (2).