A Justiça de São Paulo autorizou a interrupção parcial de uma gestação de quíntuplos.
A decisão, do Tribunal de Justiça de SP, foi unânime e baseada em avaliação médica que apontou risco de morte para os fetos e para a gestante. As informações são do portal G1.
A mãe fez a fertilização in vitro de dois embriões que, em caso raro, se dividiram em cinco.
Em decisão provisória que seria inédita em SP, o desembargador Luís Geraldo Lanfredi registrou que "a ciência não aponta perspectiva de sucesso completo de uma gestação de quíntuplos" e que o aborto parcial é uma "espécie de luz no fim do túnel" para o casal. Os pais pretendem manter ao menos dois dos cinco embriões.
Um dos médicos procurados pela gestante apontou o risco aos fetos, que nasceriam muito prematuros, e à mãe, em função da grande distensão do útero, que pode causar sangramento incontrolável no parto.
O aborto é permitido pela lei brasileira em casos de estupro, de risco à mãe e quando há diagnóstico de anencefalia do feto. Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) proíbe, no entanto, a redução embrionária em casos de gravidez múltipla decorrente de reprodução assistida.
Por isso, a gestante procurou a Justiça em busca da decisão para fazer a interrupção parcial. O procedimento é indicado para ser feito até a 12ª semana de gravidez, que já se completou em 17 de maio. A fertilização foi feita em abril.