Aumentou para 532 o número de moradores de Pelotas, no sul do Estado, fora de casa após a elevação da Lagoa dos Patos. Na tarde desta segunda-feira (6) o nível da Lagoa dos Patos estava 1,82 metros acima do nível ideal. As ações nestes locais de risco seguem e estão sendo feitas pela Defesa Civil e por soldados do exército.
Atualmente, há um total de 32 famílias - 89 pessoas - abrigadas no abrigo da Z3, localizado no salão da paróquia João Paulo 2º. O abrigo Laranjal, situado na Escola Edmar Fetter, está acolhendo nove famílias, totalizando 18 pessoas, enquanto o Centro, no ginásio AABB, está recebendo três famílias, compreendendo 17 pessoas.
Além disso, 89 famílias - 408 pessoas - foram realocadas nas residências de amigos ou parentes. Dentre as famílias realocadas, 15 são do Pontal, 114 são da Z3, 3 são das Doquinhas, e uma foi encontrada sob a ponte do Canal São Gonçalo.
Por volta das 15h desta segunda-feira, o vento, que até então estava no sentido nordeste, mudou para o sul. Com isso, a água da lagoa passou a represar ainda mais nos centros das cidades.
Outras cidades da região
Em São Lourenço a Lagoa também a Lagoa dos Patos está a 2,05 metros acima do nível normal. A prefeitura e a Defesa Civil seguem monitorando e não tiveram novas famílias tiradas de casa. Mesmo assim, as águas seguem invadindo novas ruas na beira da lagoa com forte correnteza.
Em Rio Grande, a situação na orla da Henrique Pancada tornou-se crítica, com a água invadindo completamente a área e forçando o fechamento de mais ruas devido ao avanço da Lagoa. Atualmente são 86 famílias fora de casa e 47 animais resgatados na região das ilhas. Para atender às necessidades dos afetados, a cidade preparou cinco abrigos para acolher os moradores.
Ainda em Rio Grande os pacientes do andar térreo do Hospital Universitário da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg), que fica muito próximo da lagoa, estão sendo deslocados para os andares superiores. Os equipamentos, móveis e insumos também estão sendo trocados de lugar. Todas consultas ambulatoriais, exames e cirurgias eletivas foram suspensas por tempo indeterminado.
A cidade de São José do Norte, única que fica às margens da BR-101 no extremo sul do Estado, é ponto de partida para chegar até Porto Alegre e Região Metropolitana no momento. Durante a tarde, o sistema de balsas e lanchas estava operando normalmente, mas com atenção redobrada, de acordo com a Prefeitura.
Caso as balsas e lanchas parem de funcionar, fica inviável dos moradores de outros municípios chegarem até São José do Norte, e consequentemente, até as outras cidades da região metropolitana.