Uma mulher de 64 anos está desaparecida há um mês em Dois Irmãos, no Vale do Sinos. Maria de Fátima Silva Ávila vivia em um asilo no município, de onde saiu e não foi mais vista desde 7 de março. Familiares afirmam que, na última vez que a viram, ela apresentava machucados.
— Aconteceu alguma coisa. A gente quer saber, a gente precisa, como filhos. A gente só queria ajuda — diz Kelly Medeiros, filha da idosa.
O delegado Rodrigo Camara afirma que não há indícios de crimes e que a polícia apura o desaparecimento.
— Nós não temos, hoje, nenhum dado concreto que nos indique que houve um crime. Por isso, tratamos como desaparecimento — explica.
O proprietário do asilo Jardim de Deus disse que não vai se manifestar até o fim das investigações.
O asilo foi fechado pela prefeitura de Dois Irmãos, depois do desaparecimento da idosa, por funcionar de forma irregular. Doze pessoas precisaram ser removidas do local. Segundo o delegado Rodrigo Camara, o fechamento do espaço foi uma medida administrativa.
— O que tem ali é a ausência de autorização dos órgãos competentes. Não tem alvará, não tem autorização para funcionar como um lar de idosos — afirma.
Portão foi esquecido aberto
Os familiares de Maria de Fátima afirmam que procuraram o local porque ela não tinha mais condições de ficar sozinha em casa, situação agravada por problemas de saúde. No dia 7 de março, durante uma visita, os parentes notaram que a idosa estava machucada.
— Minha mãe não tinha como conversar com a gente, eles (funcionários do asilo) não deixavam ela conversar sozinha, ela não estava livre — afirma Kelly.
No mesmo dia, os familiares de Maria de Fátima receberam um telefonema informando que a idosa tinha saído do local depois que a proprietária esqueceu um portão aberto. O Corpo de Bombeiros fez buscas em uma área de mata por cinco dias, mas não encontrou nada.