Ao menos 63 mil pessoas já foram afetadas pelos temporais que atingem o Paraná desde a última quinta-feira (26), de acordo com balanço mais recente da Defesa Civil do Estado, divulgado nesta segunda. As informações são do g1.
São 967 pessoas desabrigadas e 2.606 desalojadas, aponta o documento. Além disso, 32.071 imóveis foram danificados, 25 casas ficaram destruídas e 89 cidades tiveram danos registados.
O Rio Iguaçu voltou a subir no município de Porto Amazonas, chegando a 5,8 metros, de acordo com a Companhia Paranaense de Energia (Copel). Apenas no sábado (28), choveu 270 milímetros na cidade de Dois Vizinhos, no sudoeste do Paraná, segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar). A média histórica de outubro era 231 mm na cidade.
Outra cidade do sudoeste do Estado que foi afetada pela chuva foi Francisco Beltrão. O município registrou quase 200mm em apenas um dia. Em razão disso, vários pontos da cidade alagaram e casas foram invadidas pelas águas.
Ainda no Sudoeste, duas geladeiras e um sofá foram avistados sendo arrastados pelas ruas de Boa Esperança do Iguaçu devido à força das águas do temporal.
A Região Metropolitana de Curitiba também registrou estragos. Em Rio Negro, famílias ficaram desabrigadas após o rio subir mais de dois metros em 24 horas.
Cataratas do Iguaçu
Devido às chuvas na bacia do Rio Iguaçu nos últimos dias, as Cataratas do Iguaçu, no Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, registraram vazão de 24,2 milhões de litros d’água por segundo na segunda-feira (30). É a maior vazão dos últimos anos, sendo 16 vezes maior do que a média, que é de 1,5 milhão de litros de água por segundo.
A equipe técnica da concessionária Urbia Cataratas, responsável pela gestão da visitação do Parque Nacional do Iguaçu, e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão que administra a unidade de conservação, seguem monitorando e avaliando em tempo real a situação do Rio Iguaçu, na região das Cataratas. O parque está aberto para visitação e os mirantes da Trilha das Cataratas estão liberados.
Segundo a Itaipu Binacional, as hidrelétricas da região sul do Brasil foram obrigadas a abrir seus vertedouros, o que resultou na elevação do nível do Rio Paraná. A Superintendência de Operação da Diretoria Técnica da Itaipu faz um planejamento estratégico para controlar o nível do reservatório.