Em meio às enchentes no sul do país e à seca no norte, o Sistema Nacional de Informações sobre Recursos Hídricos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), que divulga em tempo real o nível de bacias hidrográficas, segue fora do ar para acesso externo por conta de um possível ataque cibernético há mais de 15 dias.
O problema foi detectado em 27 de setembro, mesmo dia em que o Guaíba, em Porto Alegre, ultrapassou a cota de inundação e chegou aos 3,18 metros.
Em nota, a Agência Nacional de Águas afirma que a coleta e registro de dados permanecem operantes, e que apenas o acesso externo está suspenso temporariamente "por precaução". Na quarta-feira (11), uma ferramenta simplificada foi lançada pela ANA, com dados da Rede Hidrometeorológica.
No entanto, nem todas as réguas antes monitoradas estão disponíveis, como é o caso do equipamento que mede o nível do Guaíba no Cais Mauá, em Porto Alegre. Os dados, segundo a ANA, estão disponíveis para as salas de situação e defesas civis.
"Nesse sentido, desde 29 de setembro, o Serviço Geológico do Brasil (SGB) disponibilizou prontamente às salas de situação estaduais e Defesa Civil uma ferramenta de acesso aos dados brutos da maioria das estações automáticas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico. Nesse processo foram priorizados os estados das regiões Sul e Norte, que passam respectivamente por quadros de inundações e seca”, diz a nota da Agência Nacional de Águas.
No Rio Grande do Sul, a Sema realiza coleta manual das estações em operação no Estado.