As ruas de Roca Sales, no Vale do Taquari, permanecem repletas de árvores e postes caídos, além de veículos de cabeça para baixo nesta quinta-feira (7). Choveu uma fraca garoa pela manhã, mas às 10h o sol apareceu com força.
Ao longo da manhã, era possível ver montes de móveis e equipamentos domésticos empilhados na frente de algumas casas. A cidade segue sem luz e água. O sinal de internet existe somente em alguns pontos.
Muitos veículos, como empilhadeiras e alguns tratores com tanques de água, tentam limpar as ruas. A água é captada no Rio Taquari. O barro secou e está mais difícil de ser removido.
Também está mais intensa a presença das autoridades, como bombeiros, Defesa Civil e Brigada Militar. Os policiais tentam organizar o trânsito dentro da cidade. Também circulam ambulâncias e vans de outras prefeituras com voluntários que chegam para auxiliar na reconstrução do município.
— Apelo para as empresas daqui afetadas pela enchente que fiquem na cidade — pede Tovar Musskopf, 74 anos.
— Peço que o governo do RS libere crédito para os comerciantes, industriários e para as famílias atingidas — acrescenta Tovar, que possui uma ótica no centro histórico, a poucos metros do mirante à beira do Rio Taquari.
Para o comerciante Silvio Luiz Grandi, 62, será preciso ajuda para a vida voltar ao normal.
— Nossa cidade foi varrida pelas águas. Que ninguém desista de Roca Sales — afirma.
Ainda há desaparecidos. O comerciante Walmir Conzatti, 63, procura o irmão Valdir Conzatti, 73. Ele, que usa muletas, estava na casa levada pela água às 23h de segunda-feira (4). E não foi mais visto desde então.