A passagem do ciclone extratropical por Pelotas, no sul do Estado, deixou uma centena de árvores caídas, ruas alagadas e diversos pontos sem energia elétrica, o que afeta o funcionamento das casas de bomba. Segundo a prefeita da cidade, Paula Mascarenhas, 117 mil pontos estão sem luz. Ela reforçou que, em razão da falta de energia, algumas regiões da cidade acabaram ficando também sem água. As pessoas em situação de rua foram levadas para casas de acolhimento.
O último levantamento da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) apontou ventos a uma velocidade de quase 100 km/h e chuva de 70mm, metade do esperado para o mês de julho.
— O maior problema enfrentado ao longo da madrugada realmente foi a força do vento — ressaltou o tenente-coronel Márcio André Facin, coordenador regional da Defesa Civil da área de Pelotas
Segundo Facin, coordenador regional da Defesa Civil da área de Pelotas, 25 residências já registraram destelhamento. Nesses casos, foram entregue lonas de proteção. Até o momento, não há registros de pessoas feridas.
A prefeitura de Pelotas e o Corpo de Bombeiros estão trabalhando conjuntamente para remover as árvores que estão interrompendo as vias e para a substituição de placas e postes que se desprenderam devido aos ventos fortes.
Outro problema que impacta a rotina dos pelotenses são os alagamentos que atrapalham o trânsito. Em decorrência disso, os moradores do Pontal da Barra, na Praia do Laranjal, estão ilhados.
Equipes de assistência social estão oferecendo abrigos públicos para quem necessitar. Ainda não há contabilização do número de possíveis desalojados. Em decorrência da situação na cidade, as unidades básicas de saúde e o centro de especialidades não abrirão nesta manhã.
A prefeitura dispensou os servidores que não atuam em serviços essenciais ou que não estejam prestando atendimento presencial ou apoio às ações relacionadas ao temporal. As aulas da rede pública também foram suspensas.
Crise de abastecimento de água e energia
Confira quais são as unidades sem energia elétrica:
- Lindoia
- Pelotas/Sinotti
- R3 - Porto/centro
- R4 - centro/ Areal
- R5 - Fragata
- R8 - Areal, Dunas, Bom Jesus
- R15 - Laranjal
Avanço do ciclone extratropical
De acordo com meteorologistas, o ciclone extratropical que atinge o Rio Grande do Sul nesta semana é mais forte do que o fenômeno do último fim de semana. Ele é caracterizado por uma zona de baixa pressão que se formou entre a província de Corrientes, na Argentina, e o sul do Paraguai e que avançou pela porção sul do Brasil. Atualmente, ele se encontra em solo gaúcho.