Cerca de 18 mil clientes permanecem sem energia elétrica no Estado nesta segunda-feira (19). A falta de luz ainda é resultado dos estragos da passagem do ciclone extratropical noite da última quinta-feira (15).
Conforme o último balanço divulgado hoje pelas concessionárias são quatro mil clientes na área atendida pela RGE. A empresa informou que ainda não foi possível restabelecer o fornecimento em pontos com áreas alagadas por motivos de segurança. Eles estão concentrados em em Novo Hamburgo, Taquara, Campo Bom e São Leopoldo. O número é um pouco maior do que o registrado na noite de domingo, quando havia 3,6 mil clientes desabastecidos.
Já nas regiões atendidas pela CEEE Equatorial, são 14 mil unidades sem luz — 10 mil na Região Metropolitana e 4 mil no Litoral Norte. Os municípios mais atingidos são Porto Alegre, Viamão, Caraá e Santo Antônio da Patrulha. Na noite de domingo, eram 21 mil pontos com falta de energia elétrica.
Demora
Em entrevista ao programa Faixa Especial, da Rádio Gaúcha, na noite desse domingo (18), o superintendente da CEEE Equatorial, Sergio Valinho, elencou motivos que retardam a restabelecimento da energia para os clientes. De acordo com ele, nos últimos dias, foram priorizados hospitais, estações de bombeamento de água tratada e unidades consumidoras que sirvam a pessoas com problemas de saúde e que dependam de equipamentos elétricos. Situações de cabo sobre o solo também estão à frente na escala de prioridades. Além disso, o superintendente disse que o trabalho se torna ainda mais complexo devido às condições climáticas e à falta de segurança para a atuação das equipes.
—Sob determinadas condições de chuva e ventos, nossas equipes não podem trabalhar no sistema elétrico por questões de segurança. Esse é um ponto que restringe um pouco nossa operação. No primeiro dia da contingência, na sexta-feira, tivemos bastante dificuldade de acesso a alguns municípios, como Santo Antônio da Patrulha, Caraá, Maquiné, Três Forquilhas, em Porto Alegre, várias ruas e vários bairros com pontos de alagamento — argumentou Valinho.
Quanto às reclamações sobre a falta de previsão de retorno da luz, o representante da CEEE Equatorial explicou que não há como estipular prazos porque os serviços são complexos e, muitas vezes, dependem de terceiros para serem concluídos.