O Projeto Tempo Perdido, do coletivo "Kiss: que não se repita", está chegando na reta final. Na segunda-feira (23), foi divulgada a projeção de como estaria a fisionomia da sétima das oito vítimas retratadas: Andrielle Righi da Silva, que tinha 22 anos quando morreu e é filha de Flávio da Silva — que foi presidente da Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria (AVTSM).
Na quarta-feira (25), será divulgada a progressão de tempo da última das oito vítimas. Na sexta (27), as imagens completas das simulações serão expostas na Praça Saldanha Marinho, e fotos serão entregues às famílias dos homenageados.
Andri, como era chamada, foi à boate Kiss para comemorar o aniversário de 22 anos, completados três dias antes da festa na casa noturna. Ela estava junto de um grupo de amigos, formado por Vitória Saccol, Flávia Torres, Gilmara Oliveira, Mirela Cruz, Merylin Camargo, Luana Facco Ferreira, Rafaela Cruz e Maike dos Santos. Só Rafaela e Maike sobreviveram.
Andri e as amigas conseguiram sair da boate e inclusive foram encaminhadas ao hospital, mas não resistiram aos efeitos da fumaça tóxica.
Por conta desse atendimento, os nomes delas ficaram por grande parte do dia 27 de janeiro de 2013 na lista de sobreviventes, mas Flávio e a esposa, Ligiane, não conseguiam localizar a filha nos hospitais. Foram encontrá-la apenas no Centro Desportivo Municipal, para onde os corpos das vítimas foram levados.
A história de Andri, seus pais e as amigas é contada no livro Todo dia a mesma noite, da jornalista Daniela Arbex, e também na série de mesmo nome da Netflix, que estreia na quarta-feira (25) e tem o livro como base.