O jovem desaparecido desde a tarde de domingo (11) no balneário Jardim Beira Mar, em Capão da Canoa, no Litoral Norte, pode ter sido surpreendido por uma rede de pesca na água. Os dois amigos que se banhavam com ele e conseguiram chegar à areia relataram que se assustaram ao se depararem com cordas no mar. Ao serem acionados, os bombeiros retiraram o material da água.
Os amigos acreditam que Iago Ribas, 20 anos, pode ter ficado preso na malha.
— É o que eles acreditam, que o terceiro tenha se enrolado. Mas ao retirar a rede ele não estava preso — pondera o chefe de operações do Corpo de Bombeiros, tenente-coronel Isandré Antunes.
Segundo o comandante da Patrulha Ambiental da Brigada Militar (Patram) em Capão da Canoa, tenente Jeferson Zanin, o material de pesca é regular, autorizado para uso até o dia 15 de dezembro. Após essa data, as redes não podem mais ser posicionadas nas praias do litoral gaúcho.
— Estivemos no local, prestando apoio, e analisamos as redes. Os pescadores estavam nos locais indicados — explica o comandante da Patram.
No balneário havia sinalização da presença de pescadores, afirma o tenente coronel Rodrigo Canci Pierozan, comandante do 9º Batalhão de Bombeiros (9º BBM), responsável pelo município.
— É muito importante que a população procure sempre áreas de banho sinalizadas e com a presença de guarda-vidas — reforça Pierozan.
O local onde ocorreu o afogamento não tem guarda-vidas fora do período da Operação Verão. Por isso, as forças de resgate reforçam o alerta: os banhistas devem evitar se afastar da margem, tomar cuidado com a corrente de retorno – popular repuxo – e possíveis materiais à deriva, como as redes de pesca. Os surfistas, em especial, podem ser afetados por pedaços de cordas soltos.
As buscas ao jovem continuam, com reforço nas equipes nesta segunda-feira (12).