O efetivo do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul (CBMRS) ganhou um reforço a partir desta sexta-feira (9). Um grupo de 116 soldados concluiu o curso de formação que começou em janeiro deste ano com um total de 1614 horas/aula e está pronto para iniciar os trabalhos. As unidades para as quais vão servir inicialmente ainda não estão definidas.
— Senhoras e senhores, encerrada a fase de formação, vocês vão deparar com a face da dor, da angústia, do sofrimento e da morte. E caberá aos senhores e senhoras estender a mão que ampara a quem precisa de socorro — disse o comandante do CBMRS, coronel Luiz Carlos Neves Soares Júnior, em seu discurso.
A cerimônia de formatura ocorreu no Ginásio Gigantinho, em Porto Alegre, e contou com a presença do governador Ranolfo Vieira Júnior.
— Vocês estão entrando numa carreira diferenciada. Ser bombeiro militar não é para qualquer pessoa. É uma atividade de muitíssimo risco, de alto risco. Vocês, inclusive, juraram com a própria vida a defesa das outras pessoas — destacou o governador perante os novos soldados que estavam no meio do ginásio e seus familiares que acompanhavam da arquibancada.
O efetivo atual dos Bombeiros é de 3.066 profissionais. O secretário da Segurança Pública, Vanius Santarosa, diz que é fundamental a reposição de integrantes “de forma rotineira”.
— Estamos fechando o ano de 2022 com mais profissionais da segurança pública do que 2019. Isso é fruto de comprometimento de Eduardo Leite e Ranolfo Vieira Júnior para que houvesse uma reposição constante — destacou o secretário.
Sobre os aprovados em concursos ainda não chamados, Santarosa acredita ser possível o chamamento no próximo governo.
— Só na pasta da Segurança, nestes quatro anos, foram mais de seis mil profissionais incluídos entre as quatro vinculadas. Existe ainda um cadastro reserva de algumas pastas, mas todo o calendário de chamamento foi cumprido. E além de ter sido cumprido, temos chamamentos a mais. Esta é uma pauta que eu estou trabalhando no governo do Estado para que também no próximo período de quatro anos haja essa reposição anual — disse o secretário.
Conforme a Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs), o déficit na instituição hoje é de cerca de 500 profissionais.
— Muito positiva mais a inclusão desses 116 militares para que a gente possa atender melhor a sociedade. Embora esses 116 que se formam hoje, temos a plena convicção, pela realidade que conhecemos no Estado, que ainda há um déficit de servidores tanto no quadro de soldados quanto no de oficiais. Por parte do governo do Estado, sabemos que o Comando está fazendo esforços, que chamem todos os aprovados — sustenta Ubirajara Ramos, coordenador-adjunto da entidade.