O Instituto-Geral de Perícias (IGP) iniciou nesta segunda-feira (27) a coleta de material genético de familiares de nove vítimas do incêndio ocorrido na última sexta-feira no centro de tratamento para dependentes químicos de Carazinho, na Região Norte. Apesar de já ter uma confirmação prévia, as autoridades precisam de uma comprovação oficial.
Segundo o IGP, os familiares recebem uma guia na própria delegacia local e vão até o Posto Médico-Legal mais próximo para coletar amostras da saliva ou sangue. Este material, assim que terminar a coleta — o que as autoridades esperam que ocorra até terça-feira (28) —, será processado e confrontado com os restos mortais das nove vítimas.
Apenas duas pessoas que morreram após as chamas atingirem o local tiveram os nomes confirmados pela perícia e foram sepultadas no fim de semana. A polícia vai ouvir nesta semana mais um sobrevivente que teve alta hospitalar. Segundo este interno, o fogo iniciou após curto-circuito no segundo andar do imóvel. Outra pessoa que foi resgatada está internada no Hospital Cristo Redentor,na zona norte da Capital. Segundo boletim médico da manhã desta segunda-feira, o paciente segue em estado grave respirando por aparelhos.
Conforme a Polícia Civil, pelo menos 15 pessoas estavam no prédio, sendo que 10 delas morreram no local. Três foram levadas para atendimento no hospital de Carazinho, no entanto, uma delas não resistiu aos ferimentos. Outra foi liberada — e já prestou depoimento informando que ouviu estrondos no andar superior do prédio — e uma terceira foi encaminhada para a Capital. Duas pessoas conseguiram sair sem ferimentos.
A polícia investiga as causas, não descarta que o fogo possa ter iniciado na fiação elétrica e apura as responsabilidades. A investigação aponta que as chamas teriam começado nos dormitórios, no segundo andar, em um ponto em que há um acesso para três saídas, impedindo que os internos e monitor deixassem o prédio.