A Justiça do Amazonas decretou na noite dessa quinta-feira (9) a prisão temporária de Amarildo da Costa de Oliveira. Pelado, como Amarildo é conhecido, é suspeito de estar envolvido no desaparecimento do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips, na região do Vale do Javari, no Amazonas.
Apesar de ter sido detido por porte ilegal de munições na terça-feira (7), Pelado teve a prisão temporária decretada pela suspeita no caso de Bruno Pereira e Dom Phillips. Em buscas nesta semana, a Polícia Federal (PF) encontrou vestígios de sangue na embarcação dele. O material genético foi enviado para perícia. Uma testemunha também o colocou no centro das suspeitas pelo desaparecimento.
Normalmente, as prisões temporárias têm duração de cinco dias. No caso de crimes hediondos, entretanto, o prazo pode ser de um mês, o que foi determinado para Amarildo da Costa. A decisão foi realizada pela juíza Jacinta Silva dos Santos, da Vara Única de Atalaia do Norte, em audiência de custódia. As audiências de custódia servem para o juiz analisar a legalidade das prisões em flagrante e a necessidade de continuidade da detenção ou a possibilidade de eventual concessão de liberdade.
Após os 30 dias, a prisão temporária pode ser renovada ou convertida em preventiva, que não tem prazo determinado. A manutenção da medida depende das eventuais provas reunidas pelos investigadores. O processo é sigiloso.
Embora autoridades federais estejam envolvidas nas buscas, coube à Justiça do Estado decretar a prisão porque há suspeita de homicídio doloso. Nesse caso, a competência para investigação é da Justiça comum.