A tarde desta sexta-feira (27) foi de comunicados de entidades ligadas ao jornalismo, à Justiça e à cultura, lamentando a morte de David Coimbra, escritor, colunista de Zero Hora e GZH e apresentador da Rádio Gaúcha.
Em nota, a Associação Nacional de Jornais (ANJ) se solidarizou com a família, os amigos e os colegas de David Coimbra, falecido na manhã desta sexta, aos 60 anos.
“Em toda a sua vida profissional, como repórter, editor, cronista e comentarista em veículos do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, David foi um intransigente defensor da liberdade de imprensa e dos valores democráticos. A imprensa brasileira, e particularmente a gaúcha, perde um dos seus mais talentosos e representativos profissionais, que deixa um legado de exemplo para as futuras gerações de jornalistas”, pontua o texto, assinado pelo presidente da entidade, Marcelo Rech.
A Associação Riograndense de Imprensa (ARI) também prestou sua solidariedade. Em comunicado, ressaltou a trajetória profissional de David Coimbra, que envolveu a passagem por diferentes jornais e rádio e o recebimento de dez prêmios ARI, entre outros reconhecimentos.
“A Associação Riograndense de Imprensa, através de seu Conselho Deliberativo, Diretoria Executiva e seus associados lamenta profundamente o falecimento do jornalista, cronista e escritor David Coimbra, que teve uma trajetória profissional exemplar na imprensa do Sul do país. (…) David se impôs pelo talento, pela integridade e pela capacidade de colecionar amigos. Uma perda irreparável para o jornalismo e para a sociedade gaúcha.”
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS (Sindjors) relatou, em nota, um pouco da batalha do jornalista contra o câncer e lamentou a morte do profissional.
“O jornalista foi diagnosticado com um câncer no rim esquerdo, em estágio avançado, em 2013. Logo depois, descobriu metástases da doença em outras partes do corpo. Coimbra ainda buscou tratamentos inovadores nos EUA, para onde se mudou e participou de um estudo clínico onde recebia uma droga que ativava o sistema imunológico. A boa resposta o levou a escrever o livro Hoje Eu Venci o Câncer (2018 -L&PM).”
A Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS (Famecos), onde David se formou, ressaltou a carreira exemplar na comunicação trilhada pelo jornalista.
“Recebemos com muita tristeza a notícia do falecimento do escritor e jornalista David Coimbra. Egresso da Escola de Comunicação, Artes e Design da PUCRS, David se formou em 1984 e construiu uma carreira exemplar na comunicação. Desejamos forças à família neste difícil momento.”
A direção da Associação dos Juízes do RS (AJURIS) também emitiu nota, lamentando a morte de Davi Coimbra. Assinado pelo presidente Cláudio Martinewski, o texto destacou o comprometimento do jornalista com o debate democrático. "A direção da Associação dos Juízes do RS (AJURIS) lamenta, com profunda dor, a perda do jornalista David Coimbra, um exemplo de profissional, colega, pai e marido dedicado à família. A AJURIS sempre teve no David um jornalista comprometido com o debate democrático das ideias e com o exercício responsável do jornalismo. Por isso, o jornalista fará muita falta em tempos como o que estamos vivendo. A Associação espera que a família e amigos de David encontrem conforto nesse momento de dor."
Assinada pelo presidente Maximiliano Ledur, a Câmara Rio-Grandense do Livro lamentou a passagem do jornalista e destacou as obras publicadas por David desde 2013. "A Câmara Rio-Grandense do Livro vem a público lamentar a morte do jornalista e escritor David Coimbra. Com duas dezenas de obras publicadas desde 1993, David tem lugar especial na literatura gaúcha e deixou sua marca em milhões de leitores. Leitor voraz, viveu rodeado de livros e fez deles seus companheiros. Seus lançamentos na Feira do Livro de Porto Alegre formavam longas filas na Praça da Alfândega. Um reconhecimento do público ao seu texto único, marca de seu trabalho."
A Associação Leopoldina Juvenil lembrou que o livro sobre os 150 anos da instituição foi escrito por David, um profissional definido como "multifacetado".
"Profissional multifacetado, formou uma geração de leitores, telespectadores e ouvintes admiradores de seu vasto conhecimento. Foram diversos momentos inesquecíveis: os debates culturais no programa Café TVCOM, as opiniões esportivas no Sala de Redação, as crônicas sobre o cotidiano em Zero Hora/GZH e importantes livros, como Jô na Estrada. E por falar em literatura, é motivo de orgulho termos o nome de David Coimbra como autor da apresentação do livro 150 Anos – História e Tradição, preparado para o sesquicentenário da nossa Associação Leopoldina Juvenil. Seu legado ficará marcado na memória de todos."
A parceira com a família Salton foi destacada em nota de pesar emitida pelo diretor-presidente da vínocola, Maurício Salton. "Além de ser um profissional admirável e único em sua integridade e competência, David era considerado um amigo da Família Salton. Sempre cordial, respeitoso e acolhedor em todas as parcerias estabelecidas, David é um dos mais celebrados jornalistas gaúchos e deixará um legado exemplar. Felizmente tive a oportunidade de tomar um café com ele em Boston, quando ele estava vencendo uma de suas batalhas pessoais. Uma pessoa inspiradora. A Família Salton se solidariza aos colegas e amigos e, por favor, estendam nossos sentimentos aos familiares."