A tarde do oitavo dia do júri dos acusados pelo incêndio na boate Kiss começou com o depoimento de Geandro Kleber de Vargas Guedes, gerente de vendas de bebidas. Ele costumava vender energéticos para abastecimento de duas boates relacionadas aos réus, a Absinto Hall e a Kiss.
A primeira era gerenciada por Mauro Hoffmann, um dos acusados pela morte de 242 pessoas na danceteria. A outra, por Elissandro Spohr, o Kiko, o outro sócio da Kiss e também réu no caso.
Geandro, arrolado como testemunha de defesa de Mauro Hoffmann, relatou que era pouco conhecida a participação acionária de Mauro na Kiss. Ele disse que lidou com Maurinho (apelido de Mauro) durante pelo menos cinco anos, antes do incêndio. E que ele era o rosto visível da danceteria Absinto Hall.
— Kiss e Absinto Hall eram boates diferentes, com gestões diferentes. No ramo de casas noturnas, Mauro era associado à boate Absinto, e Kiko, à boate Kiss.
O depoimento foi considerado importante pela defesa de Mauro, no sentido de desvincular o réu das atividades cotidianas na Kiss.
Geandro também admitiu que garrafas com fogos eram comuns nos shows em boates.