O programa SuperSábado, da Rádio Gaúcha, terá como palco o Palácio Piratini neste sábado (15), a partir das 8h10min. A sede do governo estadual, no centro de Porto Alegre, completa um século de história na próxima segunda-feira (17). O local nunca chegou a ser inaugurado, mas comemora os cem anos da primeira ocupação, realizada pelo então presidente da província, Borges de Medeiros.
Para celebrar a marca, os jornalistas Mariana Ceccon e Paulo Germano estarão no local relembrando momentos marcantes vividos no prédio que é sede do governo gaúcho.
— O SuperSábado é um programa que consegue ser mais leve exatamente porque está no fim de semana. Sabemos que os ouvintes esperam momentos de descontração e de boas histórias. O Piratini é um dos prédios mais importantes do RS e o centenário caiu em um ano de pandemia, em que não haverá possibilidade de celebrar o local de forma presencial. A Gaúcha fará esse papel de descrever e contar um pouco sobre esse lugar — avalia Andressa Xavier, editora-chefe da Rádio Gaúcha.
A transmissão será feita ao vivo do Salão Negrinho do Pastoreio, um dos mais belos e amplos cômodos do Palácio, a poucos passos do gabinete do governador Eduardo Leite, que mora no Piratini e será o anfitrião, e com vista para a Praça da Matriz.
Todos os envolvidos na transmissão, que terá equipe enxuta para diminuir ao máximo a circulação, usarão máscaras e respeitarão os protocolos sanitários, mantendo distância de pelo menos dois metros. Também haverá álcool gel para a higienização de mãos e equipamentos.
Para recontar os cem anos de trajetória do edifício, haverá uma série de entrevistas:
- Historiador, arquiteto e um dos autores do livro-álbum Palácio Piratini (2007), Günter Weimer
- Recepcionista e guia do Piratini Ângela Chaves dos Santos
- Coordenadora da Assessoria de Arquitetura da Casa Civil e especialista em patrimônio público Maria Clara Bassin
- Coordenador da Comissão Especial do Centenário do prédio, Mateus Gomes
- Jornalista Flávio Tavares, que publicou o livro 1961: O Golpe Derrotado
Tavares vai relembrar os bastidores do porão do Palácio Piratini, onde o então repórter do jornal Última Hora acompanhou de 25 de agosto a 5 de setembro de 1961 a campanha da Legalidade, liderada pelo governador Leonel Brizola. O movimento foi uma resistência à tentativa de golpe orquestrada pelas Forças Armadas, com objetivo de impedir a posse do vice-presidente João Goulart como presidente da República, após a renúncia de Jânio Quadros.
O programa ainda contará com os quadros fixos, já conhecidos dos ouvintes, como a Batalha Musical, as dicas culturais da Tânia Carvalho e do Ticiano Osório e a participação do Guri de Uruguaiana.