O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) publicou uma nota onde, além do pesar pela morte da juíza Viviane Vieira do Amaral Arronenzi, do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ), assassinada a facadas, vítima de feminicídio, na tarde dessa quinta-feira (24), na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital fluminense, destacou que, por meio da Promotoria de Justiça com atribuição, irá acompanhar a investigação do crime e reforçou o total repúdio ao feminicídio.
O ex-marido da juíza, Paulo José Arronenzi, de 52 anos, foi preso em flagrante como autor do crime, segundo informações da Polícia Civil. Testemunhas ainda pediram socorro aos guardas municipais do 2º SubGrupamento de Operações de Praia, que estavam na base ao lado do Bosque da Barra, próximo ao local do crime. Os agentes encontraram a juíza desacordada, caída ao chão. Policiais do 31º Batalhão da Polícia Militar, do Recreio dos Bandeirantes, e agentes do Corpo de Bombeiros também foram acionados, mas já encontraram Viviane morta no local do crime.
A Delegacia de Homicídios investiga as circunstâncias do assassinato. Paulo Arronenzi chegou a ser levado pelos guardas municipais à delegacia, na Barra, mas precisou ser socorrido no Hospital Municipal Lourenço Jorge por causa de um corte na mão. O acusado foi atendido e liberado pelos médicos, sendo reconduzido por policiais militares à delegacia.
A juíza integrava a Magistratura do Estado do Rio de Janeiro havia 15 anos, com passagem pela 16ª Vara de Fazenda Pública, e atuava atualmente na 24ª Vara Cível da Capital.
Manifestações
O Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro lamentou profundamente a morte da juíza, divulgou o tribunal em uma nota divulgada ontem.
A Associação dos Magistrados do Estado do Rio de Janeiro (Amaerj) e a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) emitiram também nota de pesar afirmando que o assassinato da juíza não ficará impune. "Nesta Nota Oficial conjunta, as entidades representativas dos magistrados fluminenses e brasileiros se solidarizam com os parentes e amigos da pranteada magistrada. Este crime bárbaro não ficará impune, asseguramos", publicaram as entidades.