A Defesa Civil de Bagé, na Campanha, confirmou que o tremor seguido por forte barulho que aconteceu na terça-feira (6) não foi causado por explosivos. Nesta quarta-feira (7), o órgão percorreu todas as obras e pedreiras existentes na cidade e nenhuma disse ter usado o equipamento. A investigação para saber o que ocasionou o fenômeno continua, e a Defesa Civil não descarta a hipótese da queda de um meteoro.
A possibilidade foi levantada já que, recentemente, o Estado registrou a queda de um meteoro de grande magnitude. Para tentar encontrar alguma evidência, o coordenador da Defesa Civil municipal, Everton Kaupe, irá realizar nesta quinta-feira (8) uma nova averiguação.
— Percorremos os locais que poderiam ter utilizado os explosivos e não achamos nada. Conversando com colegas, levantamos a possibilidade da queda de um meteoro. Por isso, amanhã (quinta-feira) vamos usar um drone para circular na região do morro da TV em busca de uma cratera ou evidência. Foi algo muito forte, tem que ter uma explicação — afirmou o coordenador.
Dados da Rede Sismográfica Brasileira, enviados à prefeitura, apontam que foi registrado um evento às 12h44min de segunda-feira (6), com energia equivalente a um sismo com magnitude de 2.0 na escala Richter. A localização do fenômeno foi próximo à região de Bagé.
O Observatório Espacial Heller & Jung analisou as imagens das câmeras de monitoramento e não encontrou nenhum registro de meteoro. Carlos Fernando Jung, proprietário do observatório e diretor científico da região Sul da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon), não acredita que o fenômeno tenha ocorrido, devido à magnitude do tremor registrado. Segundo Jung, um meteoro responsável por sismo semelhante teria ocasionado estragos na cidade, por conta da onda de choque — o que não aconteceu.
De acordo com a Defesa Civil, o tremor e o forte barulho foram sentidos em toda a a cidade. Os moradores relataram que o estrondo foi semelhante ao barulho de um trovão.