O Ministério da Defesa cancelou a realização neste ano do tradicional desfile de Sete de Setembro na Esplanada dos Ministérios, em Brasília. Em portaria, publicada nesta sexta-feira (7) no Diário Oficial da União, o ministro Fernando Azevedo orientou as Forças Armadas a se absterem de participar de "quaisquer eventos comemorativos" como desfiles e paradas.
O objetivo é evitar aglomerações tanto de militares na cerimônia como de civis nas arquibancadas em meio à pandemia do coronavírus.
Segundo assessores da pasta, será a primeira vez que o evento não será realizado na capital federal desde a ditadura militar. Nos últimos anos, o desfile se tornou um teste de popularidade para mandatários do Palácio do Planalto: em momentos de baixa popularidade, presidentes evitavam o público geral para fugir de eventuais protestos.
No ano passado, o presidente Jair Bolsonaro aumentou o desembolso para promover a cerimônia cívica. O contrato assinado pela gestão pública para a montagem e organização da cerimônia militar previa um custo de R$ 971,5 mil, 15% mais do que no ano anterior, em valores corrigidos pela inflação (IPCA).
Neste fim de semana, o Brasil poderá chegar à marca de 100 mil mortos pelo coronavírus. Nesta quinta-feira (6), o país registrou 1.237 novas mortes pela doença, e o total de óbitos chegou a 98.493.