O Ministério Público Federal (MPF) instaurou uma ação civil pública com o pedido para que o pastor Valdemiro Santiago e a Igreja Mundial do Poder de Deus paguem pelo menos R$ 300 mil de indenização por terem divulgado e tentado vender, por R$ 1 mil, uma cura falsa da covid-19. As informações são do portal UOL.
O pastor evangélico vendeu pelo seu canal no YouTube sementes de feijão e afirmou que, se fossem cultivadas, elas seriam capazes de curar o coronavírus. Valdemiro citou o caso de um fiel, assegurando que a cura feita pelos feijões estaria comprovada por um atestado médico. Os vídeos foram publicados em maio.
A ação do MPF também pede que o Google, responsável pelo YouTube, seja obrigado a preservar a íntegra dos vídeos (já removidos da plataforma a pedido do MPF) e forneça os dados cadastrais do usuário que os publicou para que sejam usados na instrução processual.
O Ministério da Saúde chegou a desmentir em seu site oficial que os feijões trariam a cura. Atualmente, a pasta do governo também é alvo da ação do MPF por ter removido de site a mensagem de alerta contra os anúncios enganosos de Valdemiro. Segundo o órgão, a publicação, feita após pedido do MPF, ficou no ar por pouco tempo e foi removida "sem explicações".
O órgão pede ainda que a Justiça Federal conceda uma liminar obrigando o Ministério da Saúde a republicar a mensagem sobre a falsidade das informações anunciadas pelo pastor e a identificação de quem teria autorizado a retirada da informação do site.