Depois das cheias dos rios Taquari, Paranhana e Caí, que deixaram dezenas de desabrigados e desalojados, o nível das águas deve se estabilizar ao longo desta quinta-feira (9). No último boletim da Sala de Situação da Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), emitido nesta manhã, as medições apontam declínio desses rios, mas alertam para possível cheia no Gravataí e no dos Sinos.
Na quarta-feira (8), mais de 3 mil pessoas precisaram ser removidas de suas casas em todo o Estado em razão das cheias de rios. O relatório da Defesa Civil, divulgado na tarde de quarta, contabilizava 18 municípios afetados. São Sebastião do Caí foi um deles: 1,8 mil moradores precisaram deixar suas residências. A boa notícia é que, desde quarta, a água está em declínio no município. Em contrapartida, em Montenegro, o Caí segue em elevação. Na última medição, estava com 8m10cm, o que já é considerado inundação.
O Taquari, que também subiu e deixou desabrigados e desalojados em Encantado, Muçum e Lajeado, começou a se estabilizar desde quarta, de acordo com o boletim da Sema. Na última medição, no ponto de Muçum, a água chegava a 18m54cm. Outro rio que também está em declínio, conforme a Defesa Civil, é o Paranhana. Em Igrejinha, os moradores começaram a retornar para suas residências ainda quarta, diz o coordenador da Defesa Civil da Região Metropolitana e Litoral, major Adriano Zanini.
O alerta, agora, é para as cheias nas bacias do Gravataí e dos Sinos, que devem seguir em elevação nos próximos dias em razão do tempo de concentração, isto é, de deslocamento da onda de cheia destas bacias.
— Em Caí e Taquari, o tempo é mais rápido: sobem e descem com mais velocidade. Sinos e Gravataí sobem mais lentamente e ficam mais dias em elevação — explica o hidrólogo Lucas Giacomelli, da Sala de Situação Sema.
Apesar da cheia, até o momento, não há relatos de problemas na região do Rio dos Sinos, afirma Zanini.