Em entrevista ao Gaúcha Atualidade desta terça-feira (14), a engenheira hidróloga do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) Andrea Germano afirmou que os boletins com a previsão de cheias no Rio Taquari foram enviadas mais de 30 vezes às autoridades da Defesa Civil de Lajeado, no Vale do Taquari.
Na segunda-feira (12), no mesmo programa da Rádio Gaúcha, o prefeito da cidade, Marcelo Caumo, afirmou que o sistema havia falhado.
— Esses boletins que enviamos são de previsões, produzidos pelos nossos engenheiros. O Rio Taquari fica normalmente na cota de 13 metros. Quando chega a 15 metros, começamos a emitir esses comunicados. Nós fizemos sobre o Taquari. Foram mais de 30 boletins de previsão enviados — garantiu Andrea.
De acordo com a engenheira, o primeiro boletim foi emitido no dia 7 de julho, por volta das 19h, quando o rio ultrapassou 15 metros. A previsão era de que a cheia passaria da cota nas 12 horas seguintes. No dia 8 de julho, um novo comunicado foi enviado, com novas previsões — o rio atingiria 20 metros. E, assim, segundo Andrea, os avisos foram sendo emitidos sucessivamente.
Ao fim da conversa, a engenheira afirmou que, na última quinta-feira (9), por volta das 2h, o satélite responsável por enviar informações sobre a coleta não transmitiu dados até as 8h. No entanto, ela afirma que a cota do rio já estava em 27 metros, e todos os avisos foram emitidos previamente por meio dos boletins.
Contraponto:
No final da noite desta terça, a prefeitura de Lajeado contestou as informações apresentadas pela engenheira ao Gaúcha Atualidade, afirmando que "nunca negou o envio de informações, mas sim que o sistema havia falhado na coleta e publicação" dos dados. A pasta disse ainda que a empresa responsável havia errado previsões recentemente.