Três detentas do Presídio Regional de Santa Maria trabalham há cerca de 15 dias na confecção de máscaras para ajudar na proteção contra o coronavírus. Os materiais servirão tanto para os profissionais do serviço penitenciário quanto para os próprios presos que precisem do equipamento para alguma saída eventual. A produção será destinada para toda a 2ª Região Penitenciária, que compreende 11 casas prisionais na Região Central.
Conforme o delegado penitenciário regional Anderson Prochnow, a capacidade de produção varia entre 150 e 200 máscaras por semana. O Presídio Regional conta com um ateliê de costura que normalmente abriga 30 detentas. No entanto, por conta da covid-19, elas foram liberadas para prisão domiciliar. Com isso, as três presas do regime fechado foram selecionadas por terem bom comportamento, receberam treinamento e, agora, passam a trabalhar no local. A cada três dias trabalhados, elas reduzem um dia na pena.
— No meio dessa pandemia toda, resolvemos unir o útil ao agradável, aproveitando essa mão de obra prisional. Em vez de ficarem ociosas, elas vão ter um trabalho digno, produzindo essas máscaras para os servidores da região e ainda terão a redução da pena — afirma Prochnow.
A ideia é aumentar a produção. Há possibilidade de mais apenadas do Presídio Regional serem integradas e começarem a receber treinamento. Já é certo que a produção também começará na Penitenciária Estadual de Santa Maria, que só tem presos homens, e em uma outra casa prisional da região.
A matéria-prima para a produção das máscaras é fornecida pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) e também comprada com recursos da Vara de Execuções Criminais da Região Central.