SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Um estudo clínico realizado com 4.570 voluntários HIV negativos chegou à conclusão de que injeções do medicamento cabotegravir aplicadas a cada oito semanas são "altamente eficazes" como profilaxia pré-exposição (PrEP) contra o HIV.
Os participantes foram aleatoriamente designados para receber cabotegravir injetável de ação prolongada a cada oito semanas ou usar Truvada diariamente como PrEP. Entre os que usaram cabotegravir, a taxa de aquisição da infecção pelo HIV era muito mais baixa do que entre os que usaram a opção diária do Truvada.
No total de 50 pessoas que adquiriram o HIV durante o estudo, 38 eram medicadas com Truvada e 12 com cabotegravir.
A pesquisa foi realizada em 43 centros de pesquisa distribuídos em sete países -África do Sul, Argentina, Brasil, Estados Unidos da América, Peru, Tailândia e Vietnã- e teve a coordenação de Beatriz Grinsztejn, chefe do laboratório de pesquisa clínica em DST e Aids do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, e Raphael Landovitz, professor associado na Universidade da Califórnia em Los Angeles.
O estudo, que integra a rede mundial de Ensaios de Prevenção ao HIV (HPTN), foi considerado pioneiro por seus resultados.