Uma equipe da secretaria de Meio Ambiente da prefeitura de Agudo, integrantes do Departamento de Ciências Florestais da Universidade Federal de Santa Maria e bombeiros vistoriaram, durante toda a segunda-feira, a área do Cerro da Igreja, que fica no interior de Agudo, que foi atingido por um incêndio florestal de grandes proporções. O fogo começou na terça-feira da semana passada (21) e só foi controlado na madrugada de domingo, com a ajuda da chuva que caiu na região.
Conforme o prefeito de Agudo, Valéria Trebien, os pesquisadores da UFSM estimam que havia árvores de mais de 200 anos no cerro. Ainda será feito um levantamento preciso, com GPS, para saber a área destruída pelo fogo, mas a estimativa é que tenham sido 200 hectares, o que equivale a 200 campos de futebol.
De acordo com o prefeito, a parceria com a UFSM vai possibilitar a instalação de equipamentos no local para monitorar e analisar os impactos na fauna e flora do local. A partir disso, será montada uma estratégia para o replantio de árvores.
_ Muitas árvores, as copas ainda estão verdes. Nos próximos 30 dias, os pesquisadores vão fazer o projeto de avaliação conosco. Acreditamos que grande parte dos 200 hectares, a regeneração da floresta vai ser automática. Em alguns pontos, em que terá árvores que vão morrer, pontualmente vamos fazer o plantio de algumas árvores nativas _ explica o prefeito.
A suspeita é que a queima de palha de arroz em lavouras das redondezas possam ter espalhado o fogo para o cerro na terça-feira da semana passada. Conforme o prefeito, 1/3 da território agudense tem mata nativa preservada.
Uma nova vistoria pelo Corpo de Bombeiros foi feita nesta terça-feira (28), já que ainda pode haver focos do incêndio que devastou 200 hectares no município. Isso mesmo com a chuva de 30mm que controlou o incêndio na manhã de domingo (26). Conforme o prefeito, na segunda-feira, choveu 50mm isoladamente no cerro (na cidade de Agudo, há 23km, foram apenas 2mm), mas, mesmo assim, por precaução, pontos em que ainda há possibilidade da volta do fogo são procurados para que o incêndio não retorne.