A Fepam aguarda o resultado das análises que foram feitas na água da Lagoa dos Barros para saber o que está causando as manchas esverdeadas. A expectativa é ter um retorno dessa análise até esta sexta-feira (13). De acordo com a Fepam foram realizadas coletas em dois pontos da lagoa e ainda na estação de tratamento de esgoto da Corsan, que possui um canal de ligação com a região atingida pelas manchas.
A principal suspeita dos técnicos do órgão é de que as manchas são resultado da proliferação da algas, fenômeno semelhante ao que já ocorreu no Guaíba em anos anteriores. O crescimento dos nutrientes seria uma combinação do aumento da temperatura da água e a falta de chuva na região. O chefe do departamento de fiscalização da Fepam, Vagner Hoffmann, afirma que o resultado da análise será importante ainda para quantificar os elementos presentes na água.
— O resultado das amostras deverá não só confirmar a presença das algas, mas também determinar a quantidade das mesmas. Até o momento, pelo o que conseguimos observar no local, não há nenhuma situação de irregularidade no local — destaca Vagner.
A coleta dos materiais foi realizada na última quinta-feira (5). Nos últimos dias, houve um aumento dos relatos de motoristas e moradores da região. Segundo eles, os pontos onde a presença das manchas são mais fortes estão logo após a passagem do pedágio de Santo Antônio da Patrulha até a primeira curva em direção a Osório; e depois mais próximo do acesso a Estrada do Mar, já no fim da lagoa.
O motorista de caminhão Rudinei Schwanck de Candia passa pelo local há cerca de 30 anos. Segundo ele, esse fenômeno é inédito na lagoa.
— Eu passo pela lagoa praticamente todos os dias e nunca tinha visto isso. Além da coloração estranha, há ainda um cheiro muito ruim, de podre. Você olha e parece que há um óleo em cima da água — revela o caminhoneiro.
Ainda segundo os motoristas, em alguns pontos da lagoa é possível avistar espumas. Esse fenômeno, segundo a Fepam, seria em consequência do grande número de algas. Ainda de acordo com o órgão, até o momento, não registro de mortandade de peixes no local.