Após a confirmação da segunda morte com sintomas causados pela contaminação por dietilenoglicol, substância encontrada em garrafas da cerveja Belorizontina, da Backer, em Minas Gerais, a diretora de marketing da cervejaria, Paula Lebbos, fez um alerta:
— Eu peço que não bebam a Belorizontina e Capixaba, qualquer que seja o lote.
— Estou sem dormir, preocupada, assustada e muito triste com tudo que aconteceu a essas pessoas — completou.
Lebbos afirmou que a empresa passa por vistorias constantes, todas auditadas, e que prefere não fazer julgamentos sobre o que pode ter causado a contaminação:
— Nós fomos surpreendidos, assim como vocês.
Ela pediu, dizendo falar em nome das cervejarias artesanais, que o mercado não seja impactado.
— Temos mais de 650 funcionários diretos e indiretos, são 20 anos de luta e história ensinando sobre a cerveja artesanal — disse.
— Eu peço que não deixem perder a história que a cervejaria artesanal construiu em Minas Gerais e no Brasil — completou.
A fábrica da Backer, no bairro Olhos d'Água, em Belo Horizonte, passou por uma nova vistoria na manhã desta terça por equipe da Polícia Civil e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Ainda segundo a empresa, todas as cervejas Belorizontina e Capixaba (mesma bebida mas com rótulo diferente para ser vendida no Espírito Santo) foram produzidas no tanque que está sendo investigado pela polícia.
O tanque, de 18 mil litros, produz cerca de 33 mil garrafas por braçagem. Como a cervejaria informa não saber como a substância dietilenoglicol se propagou, recomenda que ninguém consuma garrafas dos dois rótulos.
A empresa, diz Lebbos, passa por vistorias constantes, todas auditadas. Ela diz que prefere não fazer julgamentos sobre o que pode ter causado a contaminação.
Até a tarde desta terça, a prefeitura havia coletado 568 garrafas da Belorizontina, sendo 29 Belorizontinas dos dois lotes L1 1348 e L2 1348, nos pontos de entrega criados em Belo Horizonte.
A Backer produz as seguintes marcas, que estão envolvidas no recall pedido pelo ministério: Belorizontina, Capixaba, Backer Pilsen, Backer Trigo, Backer Pale Ale, Backer Brown, Medieval, Pele Vermelha IPA, Bravo, Exterminador de Trigo, Três Lobos, Capitão Senra, Corleone, Tommy Gun, Diabolique, Pilsen Export, Bohemia Pilsen, Julieta, Backer Reserva do Proprietário, Fargo 46, Cabral e Cacau Bomb.
No Rio Grande do Sul, conforme informações que constam site da cervejaria, não há distribuidor dos produtos da empresa no Estado. Há casos da venda da cerveja em varejo, sob demanda específica.