Há cinco anos, moradores de Santa Maria e quem passa pela região se deparam com um gigante canteiro de obras, de leste a oeste da cidade, cruzando ainda pela região sul. A Travessia Urbana é um projeto de duplicação das BRs 158 e 287, que contempla 15 quilômetros das duas rodovias e ainda prevê calçada para pedestres, ciclovia e iluminação em todo o trecho duplicado.
Conforme o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), todo o projeto já foi iniciado, e a obra está 80% em execução. Isso significa que, do todo, 80% está pronto ou praticamente pronto. Dos R$ 309 milhões que a obra está orçada, até o momento foram usados R$ 247 milhões. Ainda não há previsão de recursos destinados à Travessia no ano que vem, mas a expectativa é concluir a obra até o fim de 2020.
Ainda falta concluir os viadutos da Uglione, Santa Marta, Tancredo Neves e Avenida Walter Jobim, passagem inferior da Vila Urlândia e Vasco da Cunha, recuperação da ponte antiga do Arroio Cadena, restauração da pista antiga e conclusão de duas passarelas para pedestres. Ainda é preciso fazer as calçadas, ciclovias e iluminação.
Nesta sexta-feira (20), os serviços entraram em recesso, e só devem ser retomados depois das festas de fim de ano. A expectativa é que, depois de retomados os trabalhos, sejam liberados primeiro o trecho da Uglione, o viaduto da Tancredo Neves e a duplicação na parte inferior do Viaduto do Cerrito.
Para fazer todas as obras, foi preciso desapropriar diversas residências que ficavam nas margens das rodovias. Até agora, foram realizadas 35 audiências de conciliação e todas finalizaram com acordo. Ainda é preciso fazer desapropriações de mais 20 imóveis que serão atingidos pelas obras.
Uma situação recorrente durante as obras foi o furto de cabos de energia elétrica. Conforme o órgão, foram sete registros do crime, em diferentes pontos. Para tentar coibir a ação dos bandidos, foram feitos registros de ocorrência, e os cabos foram instalados em uma profundidade maior.
O maior gargalo, desde o início das obras, tem sido a obra do Viaduto da Uglione. Esta será a maior das construções, tendo três níveis para agilizar o tráfego em todos os sentidos. Quem usa, reclama do congestionamento – principalmente em horários de pico. O Dnit afirma que liberou diversos dos trechos para o uso dos motoristas, para melhorar o tráfego em toda a extensão das obras, e espera que nos primeiros meses do ano seja possível liberar parte do viaduto da Uglione. Um exemplo dado, para efeito de comparação, é de que com a liberação de parte do viaduto da Avenida Walter Jobim, o congestionamento na região reduziu consideravelmente. O órgão afirma que, para dúvidas, sugestões ou reclamações, há um canal pelo telefone 9090 3217 4531. O atendimento funciona em horário comercial.
Após a conclusão das construções, todo o trecho receberá manutenção no asfalto antes de a obra ser dada como concluída.