O Tribunal de Contas da União (TCU) fará uma auditoria nos contratos das cinco praças de pedágios espalhadas ao longo da BR-116 e da BR-392, no sul do Estado. O objetivo é avaliar se o valor cobrado é excessivo. A Proposta de Fiscalização e Controle (PFC) foi aprovada na quarta-feira (10), na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados, em Brasília.
O deputado Carlos Jordy (PSL-RJ), relator da PFC, acolheu os argumentos do deputado federal Marcel van Hattem (Novo), que recebeu estudo sobre a situação dos pedágios do deputado estadual Fábio Branco (MDB). O parlamentar ressalta que é atribuição do TCU auxiliar o Legislativo na realização de auditorias e inspeções de qualquer pessoa física ou jurídica que administre e utilize bens ou valores da União.
No levantamento realizado por Branco, uma informação aponta que um motorista que viaja de carro entre Porto Alegre e Rio Grande paga mais em pedágios do que se fosse até Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Com o auxílio de um site que monitora pedágios de praças de todo o Brasil, foi simulada uma viagem entre Porto Alegre e Rio Grande e entre Porto Alegre e as demais capitais do país. Verificou-se que é mais barato ir a Florianópolis, Curitiba e Campo Grande do que ir de Porto Alegre a Rio Grande ou a Jaguarão.
Para que sejam percorridos os pouco mais de 300 quilômetros que separam Rio Grande da Capital, um carro de passeio paga R$ 36,90 em pedágios. Quem se desloca até Florianópolis (SC) gasta R$ 15,90, em um trajeto total de 457 quilômetros. Até a Curitiba (PR), paga-se R$ 26,70 para percorrer 746 quilômetros. Quem vai a Campo Grande (MS) paga R$ 34 para percorrer uma distância total de 1,4 mil quilômetros.