Conforme decisão da 7ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), nesta quarta-feira (13), os funcionários da Vale e terceirizados da mineradora investigados no processo sobre o rompimento da barragem da empresa em Brumadinho, que haviam sido presos e liberados, serão novamente detidos.
O primeiro grupo foi preso dia 27 de janeiro e liberado no dia 5 de fevereiro. Nele estão três funcionários da Vale e dois da TUV Sud, empresa que atestou a segurança da barragem. O segundo grupo, com oito funcionários da Vale, foi preso em 15 e solto no dia 27 de fevereiro. Todas as solturas ocorreram por decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
As defesas argumentaram que os investigados estão colaborando com a força-tarefa, que investiga o rompimento e afirmaram que os investigados estão à disposição da Justiça e que não há fundamentação para as prisões, que elas são desnecessárias e ilegais.
Unânimes na decisão, os desembargadores explicaram que houve elevada gravidade no delito, que as prisões são necessárias para o andamento do inquérito, a busca de esclarecimentos, a reunião de provas e visam assegurar resultados práticos para trabalho da força-tarefa.
Mais cedo, os senadores Rose de Freitas (Pode-ES) e Carlos Viana (PSD-MG) foram escolhidos, por aclamação, presidente e relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que tem o objetivo de apurar as causas do rompimento da barragem. O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) foi eleito vice-presidente.
A tragédia ocorreu em 25 de janeiro e deixou ao menos 200 mortos e 108 desaparecidos até o momento.