O maior município do centro do Estado não terá, pelo quarto ano consecutivo, Carnaval de Rua. A decisão foi comunicada, nesta sexta-feira (1º), pela Associação Aliança pelo Samba, que reúne as oito entidades carnavalescas de Santa Maria. Nos últimos dias havia muita expectativa em torno da proposta feita pela prefeitura que sinalizou que faria um aporte de dinheiro às escolas de samba com algumas condições. Com isso, mais uma vez, a exemplo dos anos de 2016, 2017, 2018, não haverá a festividade na cidade. A Associação Aliança pelo Samba afirmou que não houve entendimento nem interesse na proposta da prefeitura que havia proposto um “novo modelo” da festividade.
Após muitas idas e vindas, nesta semana, a prefeitura propôs à associação que faria um repasse de R$ 15 mil para cada uma das escolas de samba. Isso, contudo, ocorreria se, além das apresentações, as agremiações desenvolvessem, ao longo do ano, um projeto social, de aulas de bateria, em uma escola municipal próxima à sede da entidade, pelo período de oito meses (de abril a novembro). O chefe da Casa Civil, Guilherme Cortez, explicou à reportagem que este seria um modelo do Carnaval realizado de maneira “consciente”.
A proposta da administração municipal previa que a folia ocorresse nos dias 15 e 16 de março, na gare da estação férrea, com a apresentação reduzida de três escolas em cada noite. Das oito escolas de samba que integram a Associação Aliança pelo Samba, somente seis delas tinham se mostrado abertas à proposta do Executivo nas primeiras negociações sobre o assunto. Seria um desfile que contaria com “alguns elementos” fundamentais como como bateria, mestre-sala e porta-bandeira e comissão de frente, destacou Cortez.
Após o comunicado das escolas, a prefeitura divulgou uma nota à imprensa em que lamentou a decisão da Associação Aliança pelo Samba. No comunicado da administração do prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), o Executivo reiterou que “diante deste novo cenário, será preciso reavaliar as alternativas possíveis para a realização do Carnaval”. A nota ainda traz que a prefeitura, mesmo frente às restrições financeiras existentes, tem interesse em realizar a festividade popular e, assim, resgatar a cultura do Carnaval.