O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) acolheu o recurso do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e suspendeu a gratuidade na travessia por balsa no Rio Jacuí, em Cachoeira do Sul. Primeiramente, a decisão havia sido de que a União e o Dnit iriam arcar com os custos da balsa, que hoje é uma alternativa à Ponte do Fandango. Porém, conforme a decisão, agora os moradores deverão pagar pela travessia. Ainda cabe recurso.
A Ponte do Fandango foi totalmente bloqueada para o tráfego na última sexta-feira (6). Ela fica na BR-153 e liga a BR-290 à RS-287, sendo um dos principais acessos entre Cachoeira do Sul e Porto Alegre, além de ligar o município a localidades do interior. O bloqueio é total: não passam veículos, animais nem pedestres.
A balsa é uma alternativa adotada para que os moradores não fiquem sem conseguir atravessar o Rio Jacuí, durante os três meses em que a Ponte do Fandango deve ficar fechada. A prefeitura de Cachoeira do Sul chegou a pavimentar, com rejeitos de asfalto, duas ruas paralelas à ponte, para que os veículos tenham como chegar até a embarcação. O preço para pedestres é de R$ 2, e para os veículos varia entre R$ 3 e R$ 100. Estão proibidos de usar a balsa bitrens, rodotrens, tratores de esteira e animais em tropa.
A ponte está em reforma desde fevereiro deste ano. Para que as obras sejam concluídas, ela precisa ficar fechada por cerca de três meses. Na estrutura, são feitas uma passarela de pedestres, barreiras de segurança e iluminação, além do reforço nas estruturas de metal. O custo da obra é de mais de R$ 8 milhões, e a expectativa é de que ela seja entregue em novembro.
Além da Balsa Vitória, que já atua no trecho, está publicado no Diário Oficial da União a chegada de uma nova balsa para fazer o trajeto. O objetivo é reduzir o tempo de espera dos usuários. A previsão é de que ela comece os trabalhos na próxima semana.
Por conta da restrição, a prefeitura decidiu por antecipar as férias escolares nos cinco colégios que dependeriam da balsa para seguir com as atividades. Elas ficam nas localidades de Piquiri, Cerro dos Peixotos, Vila Vargas, Porteira 7 e Mineração. O motivo é que, como os professores moram na cidade, teriam muito tempo perdido com o deslocamento até as escolas, comprometendo o andamento das aulas. As atividades devem ser retomadas na próxima segunda-feira (16) .