Em um desdobramento da investigação que resultou na prisão de um dirigente de uma transportadora, a Polícia Federal foi às ruas novamente, na manhã desta sexta-feira (8), para apurar o envolvimento de outro empresário gaúcho na prática de locaute — boicote empresarial — durante a greve dos caminhoneiros. Dois mandados de busca e apreensão foram cumpridos no distrito de Vila Cristina, em Caxias do Sul.
Por volta das 7h, cerca de 10 policiais apreenderam documentos na residência e no escritório do empresário investigado, que não teve o nome revelado, nem o de sua empresa. Os crimes em que o empresário é investigado são atentado contra a liberdade de trabalho e associação criminosa.
A PF não deu detalhes da suposta participação dele no esquema de locaute. O órgão não planeja divulgar novas informações nem realizar coletiva de imprensa.
Primeira fase da operação
A primeira fase desta investigação, batizada de Operação Unlocked, prendeu, também em Caxias do Sul, no dia 31 de maio, o empresário Vinícius Pellenz. Ele é filho do dono da empresa Irapuru, de Caxias do Sul, que foi alvo de mandados de busca e apreensão durante sua prisão.
Pellenz foi solto cinco dias depois. Segundo a PF, o transportador teria papel decisivo em bloqueios de caminhões realizados na RS-122, na RS-452 e na BR-116, na região dos municípios de Bom Princípio, Feliz e Vila Cristina. A investigação apontou que ele estaria ameaçando caminhoneiros para que não realizassem transporte de cargas. Pellenz também teria obrigado motoristas a desembarcar dos seus caminhões e abandonar os veículos em postos de gasolina.
A PF chamou a Operação de Unlocked (desbloqueado, em inglês).