O ministro dos Transportes, Valter Casimiro, explicou ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta sexta-feira (8), que a segunda versão da tabela de fretes anunciada na noite de quinta-feira (7) foi revogada logo depois por apresentar alguns pontos de incongruência — e não por pressão dos caminhoneiros — e que tampouco apresentava alterações na metodologia de cálculo da planilha original.
A primeira tabela, publicada em 30 de maio como resultado de acordo com caminhoneiros para por fim à greve da categoria, vinha com um único caminhão-tipo. Nesta segunda, o valor do frete passou a ser calculado a partir do número de eixos do caminhão, porém a base de cálculo permaneceu a mesma, explicou o ministro.
– O que houve foi que a tabela publicada ontem (quinta-feira) pela ANTT trouxe uma nova resolução detalhando todos tipos de caminhões, de dois a nove eixos, porém trouxe também um artigo que fala que estão excluídos da tabela os veículos que tiverem necessidade de autorização especial de trânsito. Na verdade, isso é uma incorreção, porque todo veículo acima de sete eixos precisa ter autorização especial (...). Não foi a intenção do governo retirar esses caminhões da tabela.
O ministro explicou que, assim que corrigida esta questão, a segunda versão da tabela deverá voltar a valer. A partir da manhã desta sexta-feira, o governo irá se reunir com diferentes grupos de caminhoneiros para explicar a base de cálculo:
– Quando você rateia o custo fixo por um caminhão de cinco eixos para um de nove eixos é natural que reduza o valor total por eixo. Vamos explicar essa tabela para associações e mostrar que, nesta segunda tabela, foi apenas feito um detalhamento do que já trazia a primeira para os veículos por eixo, mas que a metodologia segue a mesma.
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Questionado sobre a possibilidade de uma reação negativa tanto dos caminhoneiros quanto do setor produtivo — que vinha pressionando o governo federal pela revisão dos valores estipulados na primeira tabela —, Casimiro se disse otimista:
– Acreditamos que isso pacificará o assunto e fazer com que haja uma regulação do preço mínimo para ser utilizado nos fretes do país. Os caminhoneiros dizem que estão satisfeitos com a primeira tabela, e a segunda reflete a primeira, só que de forma detalhada. Agora só é preciso mostrar às categorias como se chega ao valor do frete para que se acalme os ânimos – concluiu.