A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) autorizou que municípios gaúchos despejem lixo acima da capacidade licenciada pelo órgão em estações de transbordo durante a greve dos caminhoneiros. Assim como acontece em Porto Alegre, outras cidades não estão conseguindo transportar os resíduos até os aterros sanitários para seu correto descarte.
A nota técnica, assinada pelo diretor da Fepam, Gabriel Ritter, permite o procedimento por tempo indeterminado, enquanto durar a greve e as paralisações nas estradas.
De acordo com Ritter, o objetivo é amenizar o impacto ambiental que poderia ser causado com o lixo sendo despejado em terrenos baldios, margens de rios ou até mesmo no acostamento de estradas, o que foi registrado nos últimos dias.
— Se o município deixasse de usar o transbordo por causa da licença, acabariam deixando o lixo em qualquer lugar e é o que queremos ao máximo que não aconteça — explica Ritter.
Outra medida adotada pela Fepam foi a autorização, de forma excepcional, para que o aterro sanitário da Companhia Riograndense de Valorização de Resíduos (CRVR), localizado em São Leopoldo, opere durante o mês de maio com 10% acima da capacidade atualmente licenciada.