Os Correios devem fechar 513 agências nos próximos meses, além de demitir os cerca de 5,3 mil funcionários que trabalham nesses postos. As informações são da Coluna do Estadão, assinada pela jornalista Andreza Matais, do jornal O Estado de S. Paulo.
A decisão pelo fechamento das agências teria sido aprovada pela diretoria da estatal e pelo Conselho de Administração no começo deste ano. Segundo a publicação, a lista traz agências com faturamento significativo, como é o caso de Minas Gerais, onde 14 das 20 agências mais rentáveis deixariam de funcionar. Já em São Paulo, 167 agências encerrariam as atividades.
Ainda de acordo com a coluna, a medida causa polêmica dentro dos Correios, pois haveria desconfiança de que a decisão teria sido tomada com o objetivo de beneficiar agências privadas franqueadas, que assumiriam o atendimento aos clientes em locais próximos aos postos fechados.
Em nota emitida neste sábado, o presidente dos Correios, Carlos Fortner, afirmou que a medida ainda está em fase de estudos e segue em análise dentro da empresa.
Leia a nota na íntegra:
A respeito da nota publicada na Coluna do Estadão neste sábado, 5, os Correios esclarecem que a empresa vem realizando estudos pormenorizados de readequação de sua rede de atendimento, o que inclui não apenas a sua rede física de atendimento como também novos canais digitais e outras formas de autosserviços.
Busca-se com isso não apenas a melhoria na qualidade e na experiencia do cliente, mas também maior eficiência na cobertura de mercado e a necessária racionalização de custos.
Frise-se que estes estudos são, inclusive, acompanhados pelo Tribunal de Contas da União, pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão.
Dentre os objetivos deste projeto está contemplada a modernização da empresa para torná-la mais ágil, competitiva e sustentável, gerando não apenas benefícios para a sociedade como também resultados para o seu acionista controlador: o Tesouro Nacional. É o mínimo que se espera de qualquer empresa que se proponha a prestar serviços de qualidade.
Especular prematuramente a respeito de números sem conhecer o projeto de remodelagem da rede de atendimento não é apenas irresponsável e leviano: é uma prestação, antes de mais nada, de um desserviço ao cidadão. As conclusões alcançadas pelos estudos necessários a este projeto somente serão divulgadas após a exaustiva avaliação interna dos Correios e externa pelos órgãos competentes, processo este ainda em curso.
Carlos Roberto Fortner
Presidente dos Correios