O presidente dos Correios, Carlos Forner, confirmou ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, que haverá um "redesenho" de toda a rede de atendimento da empresa, e que existe uma lista de fechamento de unidades. No sábado (5), a Coluna do Estadão, do jornal O Estado de S. Paulo, revelou que a diretoria da empresa aprovou em fevereiro, em reunião sigilosa, proposta de fechamento de 513 agências e demissão de servidores. Forner nega que esse número esteja definido.
– Existe uma lista que está sendo examinada. Ela vai passar por mim pessoalmente e terá que apresentar uma justificativa para me convencer que a agência seja fechada. Um exemplo são as agências "sombreadas", quando há mais de uma atendendo o mesmo público.
Questionado sobre a possibilidade de demissões de milhares de funcionários pelo fechamento das unidades, Forner afirmou que ainda não há uma definição, mas não descartou a possibilidade. De acordo com o jornal O Estado de S. Paulo, a empresa estaria planejando demitir cerca de 5,3 mil funcionários que trabalham nesses postos.
_ A notícia é apenas um quadro de um filme cujo final ainda não chegou. É inevitável que, na hora do remanejamento do pessoal, dentro do projeto de redesenho do atendimento para ampliar cobertura e melhorar o serviço, se o pessoal que trabalha em uma agência que deixa de existir não se enquadrar em uma relocação, isso gera um prejuízo. Se houver um excedente de mão de obra, evidentemente vai passar por um plano de demissão _ disse no programa.
Ouça a entrevista na íntegra:
Forner descartou, ainda, que a empresa esteja passando por uma crise de credibilidade, apesar da quantidade de reclamações de usuários dos serviços. Ao programa Timeline, afirmou que os Correios estão com os índices no verde, com 95% de entregas dentro do prazo.
– Existem diversas reclamações como em todo tipo de empresa. Mas é uma instituição que ainda tem credibilidade, apesar de termos problemas de qualidade. No final do ano passado tivemos acréscimo de demanda maior do que tínhamos projetado, mas já estamos com os índices no verde. (...) A empresa está em franca recuperação. Foram tomadas medidas administrativas bastante sérias e a sociedade terá uma grande surpresa com apresentação do balanço deste ano – concluiu.