A duplicação dos últimos 2,6 quilômetros da BR-386 vai demorar um pouco mais para ficar pronta. O consórcio de empresas responsável pela obra, Conpasul – Cotrel – Iccila – Momento, não está conseguindo comprar o material para aplicar a última camada do pavimento no trecho em execução. O cimento asfáltico de petróleo (CAP) é vendido pela Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, mas o produto não está disponível há quase um mês.
A alternativa seria buscar o material na refinaria de Araucária, no Paraná. Porém, esse gasto a mais não está previsto no contrato firmado com o Departamento Nacional de Infraestrutura (Dnit). A expectativa é de que a Refap volte a oferecer o produto no fim do mês. Quando isso ocorrer, as construtoras vão precisar de aproximadamente 15 dias sem chuva para poder concluir a pavimentação e a sinalização do trecho em obras. Somente depois esse segmento de Estrela será liberado.
A duplicação de 34 quilômetros entre Fazenda Vilanova e Tabaí começou em novembro de 2010 e deveria ter sido finalizada no fim de 2013. Contratada originalmente por R$ 147,4 milhões, a obra ficou 41,72% mais cara nesse período, o equivalente a um custo adicional de R$ 61,5 milhões.
Alguns motivos fizeram com que a obra demorasse quase uma década. O cronograma foi atrasado, principalmente, por causa das dificuldades de reassentamento de uma comunidade indígena. Houve demora também na obtenção de licenças ambientais, além da falta de dinheiro.
Entre fevereiro e março de 2014 foram liberados os primeiros 23,4 quilômetros da duplicação. Em 20 de dezembro do ano passado, o Dnit liberou outros sete quilômetros de pista nova aos veículos.
Já foram gastos R$ 201,1 milhões na duplicação. Até agora, 97% dos serviços foram concluídos. Ainda falta investir R$ 7,74 milhões, recurso que está disponível para as construtoras responsáveis.