Os pardais das rodovias federais do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina não estão registrando multas desde o último dia 11. O motivo é a falta de dinheiro para pagamento das empresas donas dos controladores de velocidade. Os equipamentos monitoram 241 faixas de tráfego: 123 nas rodovias gaúchas e 118 nas catarinenses.
Um memorando do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) de Brasília informou às superintendências regionais sobre a determinação de paralisar os contratos em vigor. Já as lombadas eletrônicas seguirão ligadas devido a importância dos equipamentos na redução de velocidade nos locais onde estão instalados.
Além do Rio Grande do Sul e Santa Catarina outros 10 contratos foram suspensos das rodovias federais do Brasil pelo mesmo motivo. Recentemente, em outubro, o Dnit já havia divulgado que os pardais seriam desligados no dia 3 de janeiro do ano que vem por causa do fim do contrato com as empresas responsáveis pela fiscalização.
A empresa Kopp Tecnologia tem vínculo com o Dnit no Rio Grande do Sul desde 2010. Este contrato já foi prorrogado três vezes. E precisará passar por nova ampliação se o governo pretende não deixar as rodovias federais sem esse tipo de fiscalização.
A prorrogação será necessária por causa da impossibilidade de conclusão da nova concorrência do serviço de fiscalização eletrônica. A disputa foi lançada em maio do ano passado e já foi interrompida e reaberta quatro vezes. Atualmente, a licitação está suspensa na Justiça, atendendo pedido de uma empresa participante da concorrência. O Dnit já apresentou sua argumentação e aguarda o desfecho.