O estudante de 14 anos que atirou contra colegas no Colégio Goyases, em Goiânia, na semana passada, prestou depoimento na sexta-feira (27), no Juizado da Infância e da Juventude e se disse arrependido pelo que fez, segundo a advogada Rosângela Magalhães. O Ministério Público de Goiás pediu uma avaliação psicológica do estudante, que deverá ser feita nos próximos dias.
O pai do jovem voltou a dizer que não sabia que o filho era vítima de bullying. Também afirmou desconhecer a suposta premeditação do ato. A advogada deve apresentar defesa por escrito do adolescente até a próxima segunda-feira (30).
No dia 20, o adolescente atirou dentro da sala de aula contra os colegas no intervalo. Os disparos deixaram dois alunos mortos e quatro feridos.
Neste sábado (28), o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo) divulgou boletim sobre o estado de saúde de duas adolescentes baleadas pelo colega. Segundo a nota, uma delas, internada na enfermaria, permanece orientada, consciente, com respiração espontânea e sem febre, alimentando-se por via oral e sem se queixar de dores para a equipe de assistência. Outra jovem continua internada em uma unidade de terapia intensiva (UTI), em estado regular, orientada, consciente e respirando de forma espontânea, com auxílio de oxigênio. Não há previsão de alta para as duas meninas.
O adolescente que atirou nos colegas disse à polícia que se inspirou nos casos da escola de Columbine, ocorrido em 1999, nos Estados Unidos, e de Realengo, em 2011, no Rio de Janeiro. O estudante afirmou que sua intenção era matar apenas o colega autor do bullying, mas que, no momento do ataque, sentiu vontade de fazer mais vítimas.