Meio ano após empresários e políticos da Zona Sul lançarem campanha pela conclusão da duplicação da BR-116, entre Guaíba e Pelotas, pouco das obras avançou. No período, somente três quilômetros dos 35 incluídos no projeto foram liberados para o trânsito. Trata-se do trecho ao redor de Pelotas entregue pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) no dia 11 deste mês. Mesmo com o ritmo lento, a autarquia pretende concluir outros dois segmentos até março do ano que vem.
Ainda em setembro, o departamento garante que será liberado o viaduto de acesso ao município de Turuçu, no km 483. Com a conclusão, o tráfego será desviado para a elevada, enquanto a pista lateral ficará exclusiva para o trânsito local. Mais adiante, em março, a expectativa é finalizar 15 quilômetros de pista duplicada em Pelotas.
Leia mais
Padilha frustra expectativa por recursos para duplicação da BR-116
Lideranças se mobilizam para pedir R$ 150 milhões para duplicação da BR-116
Obras federais no RS: veja a situação do que está em execução
O andamento arrastado da obra, iniciada em 2012, ocorre em razão do corte de verbas pelo governo federal, impactado pela recessão. Mesmo com a mobilização da comunidade, o valor de R$ 74 milhões previsto para este ano foi mantido. Na previsão mais otimista, o Dnit espera concluir a duplicação em 2019, quatro anos depois da estimativa inicial.
A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, uma das lideranças do movimento, diz que devem ser repassados valores mais expressivos para a obra em 2018. Isso porque, após uma série de reuniões em Brasília, o grupo conseguiu garantir com a bancada gaúcha a apresentação de uma emenda que deve liberar R$ 150 milhões para o próximo ano.
_ O movimento está sendo importante para reafirmar a importância da obra, que, aos poucos, está evoluindo. Temos a sensação de que, no ano que vem, o recurso destinado será maior, permitindo a liberação de trechos para o trânsito. Neste momento, o fundamental é que a obra não pare _ diz Paula.
Gilmar Bazanella, representante da Aliança Pelotas, grupo que reúne entidades empresariais da região na mobilização, ainda torce para que valores previstos para outras obras federais que acabem não sendo utilizados neste ano sejam destinados para a BR-116.
_ Estamos longe do ritmo que gostaríamos, mas, se comparado a março, vemos trechos que antes estavam paralisados em andamento _ acrescenta o empresário.
A duplicação da rodovia está dividida em 11 lotes. Em março, somente três estavam em andamento, mesmo que em marcha lenta. Atualmente, há obras em cinco pontos. O restante segue paralisado.
