A Polícia Federal encontrou mais indícios que reforçam a ligação dos R$ 51 milhões amontoados em malas e caixas, em um apartamento em Salvador, ao ex-ministro Geddel Vieira Lima (PMDB). O novo complicador para a situação de Geddel é o fato de a PF ter encontrado as impressões digitais dele nas notas de dinheiro e também no material que as envolvia. As digitais dele também já tinham sido encontradas no imóvel onde estava resguardada a fortuna. As informações são de O Globo.
Além desta evidência, outras já foram elencadas pelos investigadores. Uma segunda testemunha confirmou que o apartamento havia sido cedido a Geddel, o que também foi assegurado pelo proprietário do imóvel. A PF acredita em risco de fuga após se tornar pública a história da maior apreensão de dinheiro em espécie já feita no país.
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A origem dos R$ 51 milhões atribuídos ao político baiano continua misteriosa. A polícia suspeita que parte do dinheiro tenha surgido a partir do pagamento de propinas para viabilizar a liberação de crédito do FI-FGTS a empresas. Geddel foi vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal entre 2011 e 2013.
O caso corre na Justiça Federal de em Brasília. Geddel foi preso preventivamente em 3 de julho na Operação Cui Bono por suspeita de tentar barrar investigações. Depois, obteve direito à prisão domiciliar, deixando o Presídio da Papuda, em Brasília, no dia 13 de julho. Ele está em seu apartamento, em Salvador, mas sem a tornozeleira eletrônica.