Ao completar seis décadas de história em meio a grandes transformações sociais, econômicas e tecnológicas, o Grupo RBS mira na sua essência para reforçar a ligação com o público, consolidar a sua marca e projetar o futuro. Em um mundo cada vez mais mediado por máquinas, a empresa volta às origens para se revelar mais humana, próxima e diversa – características que pautaram as celebrações desses 60 anos de vidas, assim mesmo, no plural.
As comemorações começaram com um encontro de líderes, na última quarta-feira, e tiveram como ponto alto uma confraternização na sede do Grupo RBS, em Porto Alegre, no dia seguinte. Com direito a show do cantor Thiaguinho, a festa, conduzida pelos comunicadores Alice Bastos Neves e Luciano Potter, reuniu colaboradores na Capital e em 15 unidades no Interior.
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Coube ao jornalista David Coimbra ler o manifesto de aniversário do grupo (veja abaixo), enquanto imagens da história da RBS e de seu fundador, Maurício Sirotsky Sobrinho, foram projetadas no telão. Na sequência, os convidados receberam canetas para preencher a frase
"O que importa na vida é...", estampada em camisetas distribuídas no início da festividade. Termos como família, verdade e empatia ganharam forma nas peças de tecido e refletiram, também, os ideais da empresa.
– Meus pais deixaram valores muito fortes para nós. Muitos deles estão escritos nas camisetas de vocês – lembrou o acionista do Grupo RBS Nelson Sirotsky, que escolheu a palavra "agradecer".
Não por acaso, o novo posicionamento do grupo parte do princípio de que, em um ambiente de mudanças permanentes, é preciso buscar e valorizar o fundamental, o básico, o motivo pelo qual estamos aqui. Para a RBS, esse propósito se traduz na afirmação de que a empresa existe para fazer jornalismo e entretenimento que conectem os gaúchos e contribuam para uma vida melhor.
Com base nessa vocação, o grupo decidiu estimular seus colaboradores a refletirem sobre o que podem fazer para tornar o mundo um lugar positivo. A ideia é que utilizem seus espaços para inspirar mudanças promissoras na sociedade – ação colocada em prática durante toda a quinta-feira, quando comunicadores como Cristina Ranzolin, Rosane de Oliveira e Lucianinho circularam por diferentes programas para falar sobre o que os move – e os comove.
Ao destacar a importância dessa busca pelo essencial, o presidente do Grupo RBS, Eduardo Sirotsky Melzer, recordou emocionado a herança imaterial deixada por seu avô, Maurício, cuja morte completou 30 anos em 2016. Na ocasião, ele escreveu um e-mail aos colegas e, na última semana, decidiu reler o texto, desta vez em público.
– Vocês tinham de ter conhecido o meu avô. Muito mais do que uma empresa, ele fundou um jeito. O legado do meu avô é a cultura que temos na RBS. Chegamos aos 60 anos com mais energia, coragem e inquietação do que nunca, sem jamais esquecer do que nos trouxe até aqui e dos valores que formam nossa espinha dorsal – afirmou Eduardo.
O presidente também homenageou as mulheres que ajudaram e ajudam a construir a RBS ao entregar flores para Nara, sua tia e mulher de Nelson.
– Nunca vamos abandonar nossos valores de família – complementou.
Dessa união de forças, nasceram iniciativas inovadoras que permanecem em constante renovação. As mudanças de hoje, destacou o presidente emérito da RBS, Jayme Sirotsky, fazem parte de uma realidade "que não é evolucionária, é revolucionária", sobretudo no meio da comunicação social. Mas alguns princípios fundamentais, segundo Jayme, prosseguem imunes a intempéries.
– Aquelas verdades que nos foram transferidas lá atrás estão também na segunda, na terceira e agora na quarta geração da nossa família. São lições de humildade, de imigrantes que vieram para este país em busca de felicidade. São valores que estão nesta casa há 60 anos, que vão se adequando às novas tecnologias e aos novos tempos, mas que persistem íntegros – sintetizou.
Foram eles que nortearam a RBS até aqui, em um tempo marcado por conexões cada vez mais estreitas e por trocas em velocidade como nunca se viu. É por isso que o grupo não está comemorando apenas 60 anos de uma vida longeva. Como diz o manifesto, está celebrando, acima de tudo, vidas.
Cristina Ranzolin, apresentadora da RBS TV, lembrou o legado de seu pai, Armindo Ranzolin, no programa Gaúcha Atualidade
No Bom Dia Rio Grande, Rosane de Oliveira falou com Daniela Ungaretti sobre sua relação com o público
No Comando Maior, conduzido por Gugu Streit, na Farroupilha, o comunicador Lucianinho destacou a sua proximidade com os torcedores
"É emocionante fazer parte da história da RBS. Quando ainda estava no Alegrete, lembro que sonhava em cantar no Galpão Crioulo. Hoje, apresento o programa com carinho especial, porque sei do significado que tem para o público. Queremos, cada vez mais, fazer a diferença na vida das pessoas."
Neto Fagundes
"Postei uma foto no Instagram lembrando da minha estreia na RBS, que foi em 1989, e falando que foi um sonho realizado. Hoje, passado tanto tempo, é muito legal ver o quanto a empresa evoluiu. Tenho certeza de que a RBS está no caminho certo ao se aproximar ainda mais do público."
Alexandre Fetter
"Estou na RBS desde os 19 anos, mas todo esse tempo que passou não envelheceu a empresa. Pelo contrário. O grupo tem uma capacidade de renovação tão grande, que parece que renasce a cada dia, a partir do trabalho de cada um de nós, e isso é incrível. Tenho orgulho de ser parte dessa história."
Elói Zorzetto
Text0-manifesto 60 anos
Quando Maurício Sirotsky Sobrinho ouviu pela primeira vez sua voz ecoar por um alto-falante em um poste de uma praça de Passo Fundo, nem de longe poderia imaginar que ali se iniciava a história da RBS.
Maurício sonhava grande e, há 60 anos, provavelmente pensava em mudar o mundo, a partir da vocação que movia todos os seus passos: a comunicação. Assim como ele, todo jornalista, todo comunicador, deseja mudar o mundo. Mas, com o tempo, a gente compreende que a nossa função não é mudar o mundo: é contar como o mundo muda.
O Grupo RBS tem feito isso, nessas seis últimas décadas. Cada pequeno recorte de história no Rio Grande do Sul foi, de alguma maneira, registrado, sentido, relatado pela RBS. Cada gaúcho que, em algum momento, parou para ver, ouvir ou ler o que a RBS produzia não estava vendo, ouvindo e lendo a RBS: estava vendo, ouvindo e lendo sobre si mesmo.
Ao cumprir esta missão, ao informar, entreter e mostrar ao público o que está acontecendo em sua comunidade, a RBS foi mais do que agente de mudança. Contribuiu para que as pessoas mudassem o mundo.
A vida mudou e continua mudando. Estamos sempre em evolução. A RBS vai estar atenta, disposta a ver, ouvir e refletir essa mudança. Sempre junto das pessoas. Compartilhando experiências. Aprendendo com elas. Transformando-se. Essa é a nossa essência.
O Grupo RBS existe para conectar os gaúchos e para contribuir com uma vida melhor. Nunca nos sentimos tão interligados. Temos muito assunto para pensar juntos. Temos muita coisa para viver juntos. É por isso que a RBS não está comemorando 60 anos de vida. Está celebrando 60 anos de vidas.
Uma noite de vitória
As comemorações pelos 60 anos do Grupo RBS terminaram, na noite de quinta-feira, com um motivo a mais para festejar: a vitória por 2 a 0 da Seleção Brasileira sobre o time do Equador, na Arena, em Porto Alegre. Durante a semana, a empresa havia sorteado 400 ingressos para colaboradores assistirem à partida. Uma das contempladas, Viviane Peter, 31 anos, que atua no Call Center, vibrou com a oportunidade e comemorou o placar. O grupo do Brasil manteve 100% de aproveitamento sob o comando de Tite e assegurou o primeiro lugar nas eliminatórias da Copa.
– Foi muito emocionante, porque foi a primeira vez que vi um jogo da Seleção, ainda mais no estádio do meu time – disse Viviane (no centro da foto), ao lado de colegas.