A crise econômica que vive o país e que se reflete no alto número de desempregados fez com que 4.327 famílias gaúchas voltassem ao programa Bolsa Família desde o começo do ano. Em todo o Brasil, esse número é de 143,8 mil, e a fila de espera para o reingresso chega a 525 mil famílias.
Tabela do Ministério de Desenvolvimento Social aponta o Rio Grande do Sul em 12º lugar no ranking de pessoas que voltaram a receber o benefício em 2017, nos 26 Estados brasileiros, mais o Distrito Federal. A lista leva em consideração o número absoluto de famílias, não levando em conta a proporção com o número de moradores.
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Entre 2012 e 2014, o número de famílias retornando ao programa não passou de 7,5 mil em nenhum dos anos no RS. Em 2015, contudo, este número pulou para 17,1 mil e, em 2016, para 24,3 mil.
A situação é semelhante quando são analisados os dados do Brasil: entre 2012 e 2014, o número não passou de 190 mil reingressos. Já em 2015, foram 423,6 mil famílias voltando a receber o benefício, contra 519,5 mil em 2016.
Desemprego
Em junho deste ano, a taxa de desemprego caiu de 11,1% para 11%, na comparação com o mês de maio, na Região Metropolitana de Porto Alegre. O levantamento da Fundação de Economia e Estatística (FEE) chegou a considerar a situação estável.
O movimento ocorreu mesmo com o fechamento de postos de trabalho: foram estimadas 26 mil vagas ocupadas a menos do que no mês anterior. Construção, comércio e serviços tiveram desempenho negativo. Apenas a indústria da transformação abriu vagas.
Recentemente, dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostraram que o Brasil registrou o primeiro trimestre com queda na taxa de desempregados desde o fim de 2014. A taxa ficou em 13% no segundo trimestre de 2017, contra 13,7%nos três primeiros meses do ano. A estimativa para o número de desempregados também caiu, passando para 13,5 milhões – 690 mil a menos do que no período anterior.